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http://hdl.handle.net/11422/24850
Type: | Trabalho de conclusão de especialização |
Title: | E agora, quem poderá nos defender?: a vigilância de violências no município do Rio de Janeiro |
Author(s)/Inventor(s): | Irineu, Nadyra Moraes |
Advisor: | Cavalcanti, Maria de Lourdes Tavares |
Abstract: | A violência é um fenômeno de raízes sociais complexas, configurando-se como um dos principais desafios para a saúde pública global. Estima-se que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela seja responsável por aproximadamente 2% das mortes globais, afetando de forma significativa a qualidade de vida de milhões de pessoas. No Brasil, ocupa lugar de destaque entre as principais causas de morte, especialmente entre jovens e adultos. Nesse contexto, a vigilância em saúde emerge como uma ferramenta estratégica no monitoramento e controle da violência, sendo regulamentada por políticas como a Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências (PNRMAV), que estabelece diretrizes para ações preventivas e de acompanhamento. Este estudo tem como objetivo caracterizar o sistema de vigilância da violência no Município do Rio de Janeiro, com ênfase no processo de notificação. A pesquisa, de natureza qualitativa e descritiva, analisou o fluxo de notificação, os procedimentos de gestão e as discrepâncias entre as regulamentações do Ministério da Saúde e as práticas locais. Os resultados indicaram que o processo de notificação envolve a identificação de sinais pelos profissionais de saúde, o registro detalhado em fichas específicas e a inserção dos dados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN). Os casos são discutidos em grupos regionais e utilizados para planejar ações preventivas. Ferramentas como o Monitor Carioca contribuem no acompanhamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. Entretanto, o sistema enfrenta desafios como subnotificação, sobrecarga dos profissionais de saúde, falta de padronização nos procedimentos e dificuldades na integração de dados de diferentes fontes. A melhoria desse sistema requer a capacitação contínua dos profissionais, a padronização dos instrumentos de notificação e o fortalecimento da articulação entre os níveis de gestão e setores intersetoriais, incluindo saúde, justiça, assistência social e educação. Ademais, é imprescindível fomentar a participação da comunidade por meio de conselhos e grupos de trabalho, promovendo o alinhamento das ações às necessidades locais. Conclui-se que o sistema de vigilância da violência no Município do Rio de Janeiro apresenta avanços importantes, mas ainda enfrenta limitações estruturais que comprometem sua eficácia. Investir em tecnologias de informação, integrar sistemas e aprimorar o processo de coleta e análise de dados são ações fundamentais para fortalecer a vigilância, subsidiar políticas públicas mais assertivas e promover a saúde da população. |
Abstract: | Violence is a phenomenon rooted in complex social structures, standing out as one of the main challenges for global public health. According to the World Health Organization (WHO), violence accounts for approximately 2% of global deaths, significantly impacting the quality of life for millions of people. In Brazil, it ranks among the leading causes of death, particularly among young people and adults. Within this context, health surveillance emerges as a strategic tool for monitoring and controlling violence, guided by policies such as the National Policy for the Reduction of Morbidity and Mortality from Accidents and Violence (PNRMAV), which outlines preventive and follow-up measures. This study aims to characterize the violence surveillance system in the city of Rio de Janeiro, focusing on the notification process. Using a qualitative and descriptive approach, the study analyzed notification flows, management procedures, and discrepancies between the regulations of the Ministry of Health and local practices. The findings revealed that the notification process involves identifying signs by health professionals, detailed recording on specific forms, and data entry into the National System for Notifiable Diseases (SINAN). Cases are discussed in regional groups and used to plan preventive actions. Tools such as Monitor Carioca assist in tracking sexual violence against children and adolescents. However, the system faces challenges such as underreporting, overburdened health professionals, lack of standardized procedures, and difficulties in integrating data from various sources. Improving the system requires continuous professional training, standardization of notification tools, and strengthened coordination among management levels and intersectoral sectors, including health, justice, social assistance, and education. Furthermore, fostering community participation through councils and working groups is essential to align actions with local needs. It concludes that the violence surveillance system in Rio de Janeiro has made significant progress but still faces structural limitations that compromise its effectiveness. Investing in information technologies, integrating systems, and improving data collection and analysis processes are crucial steps to strengthen surveillance, support more assertive public policies, and promote population health. |
Keywords: | Violência Notificação Sistema de saúde Saúde pública |
Subject CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA |
Program: | Curso de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva |
Production unit: | Instituto de Estudos em Saúde Coletiva |
Publisher: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Issue Date: | 28-Nov-2024 |
Publisher country: | Brasil |
Language: | por |
Right access: | Acesso Aberto |
Citation: | IRINEU, Nadyra Moraes. E agora, quem poderá nos defender?: a vigilância de violências no município do Rio de Janeiro. 2024. 59 f. Monografia (Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva) – Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024. |
Appears in Collections: | Saúde Coletiva |
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