Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/11422/25441
Type: | Trabalho de conclusão de especialização |
Title: | Otosclerose e a evolução da estapedotomia: uma revisão narrativa |
Author(s)/Inventor(s): | Alves, Hugo Ferreira |
Advisor: | Félix, Felippe |
Co-advisor: | Valete, Cláudia Maria |
Abstract: | A otosclerose é uma doença progressiva que afeta a orelha média e a cápsula ótica, caracterizando-se pela formação anormal de tecido ósseo ao redor do estribo, resultando em perda auditiva condutiva e, em casos avançados, também neurossensorial. Este trabalho tem como objetivo revisar a evolução histórica e técnica da estapedotomia, amplamente reconhecida como eficaz no tratamento da otosclerose. Foram selecionados 17 artigos que descrevem os avanços no conhecimento sobre a doença e as inovações na técnica cirúrgica. Historicamente, as primeiras abordagens incluíram métodos conservadores, como dispositivos de pressão e massagem no tímpano, que apresentavam eficácia limitada. No final do século XIX, surgiram intervenções cirúrgicas, como a remoção do estribo e técnicas de fenestração, que enfrentaram desafios relacionados a complicações graves e resultados insatisfatórios. Em 1952, Samuel Rosen introduziu a mobilização do estribo, marcando um avanço importante, embora com efeitos temporários. A evolução culminou com a estapedectomia de John Shea, que substituía o estribo por uma prótese. Essa técnica, desenvolvida em 1956, marcou a cirurgia otológica, oferecendo resultados auditivos duradouros. Posteriormente, a técnica evoluiu para a estapedotomia, consolidada na década de 1980, que utiliza uma perfuração na platina do estribo em vez de sua remoção completa, reduzindo complicações como vertigem e danos à orelha interna. Paralelamente, os materiais das próteses evoluíram do Teflon para o titânio, promovendo maior biocompatibilidade e estabilidade. O implante coclear surgiu como uma alternativa para pacientes com otosclerose avançada, casos em que a estapedotomia pode não ser eficaz. Estudos mostram que implantes cocleares são eficazes em casos com discriminação de fala comprometida e importante acometimento coclear. Este estudo destaca a importância de compreender o desenvolvimento da estapedotomia e das tecnologias associadas, valorizando as contribuições históricas e incentivando futuras inovações. A análise da evolução do tratamento cirúrgico para a otosclerose evidencia como os avanços técnicos moldaram a prática atual, oferecendo tratamentos seguros e eficazes. |
Abstract: | Otosclerosis is a progressive disease that affects the middle ear and otic capsule, characterized by the abnormal formation of bone tissue around the stapes, leading to conductive hearing loss and, in advanced cases, sensorineural hearing loss. This study aims to review the historical and technical evolution of stapedotomy, widely recognized as an effective treatment for otosclerosis. A total of 21 articles were analyzed, describing advancements in understanding the disease and innovations in surgical techniques. Historically, early approaches included conservative methods, such as pressure devices and tympanic massage, which had limited efficacy. In the late 19th century, surgical interventions emerged, such as stapes removal and fenestration techniques, which faced significant challenges due to severe complications and unsatisfactory outcomes. In 1952, Samuel Rosen introduced stapes mobilization, marking an important advance, albeit with temporary effects. The evolution culminated with John Shea’s development of stapedectomy in 1956, which replaced the stapes with a prosthesis. This technique marked a milestone in otologic surgery, providing long- lasting auditory improvements. Later, the technique evolved into stapedotomy, which involves creating a small perforation in the stapes footplate instead of its complete removal, reducing complications such as vertigo and inner ear damage. Simultaneously, prosthetic materials evolved from Teflon to titanium, promoting greater biocompatibility and stability. Cochlear implants emerged as an alternative for patients with advanced otosclerosis, particularly in cases of extensive cochlear calcification where stapedotomy is ineffective. These devices overcome anatomical limitations by directly stimulating the auditory nerve. Studies show that cochlear implants are effective in cases with severely impaired speech discrimination and severe calcification. This study highlights the importance of understanding the development of stapedotomy and associated technologies, valuing historical contributions and encouraging future innovations. The analysis of the evolution of surgical treatment for otosclerosis underscores how technical advancements have shaped current practices, offering safe and effective treatments. |
Keywords: | Otosclerose Implante coclear Otosclerosis Cochlear implantation |
Subject CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CIRURGIA::CIRURGIA OTORRINOLARINGOLOGICA |
Program: | Programa de Residência Médica |
Production unit: | Hospital Universitário Clementino Fraga Filho |
Publisher: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Issue Date: | 2024 |
Publisher country: | Brasil |
Language: | por |
Right access: | Acesso Aberto |
Citation: | ALVES, Hugo Ferreira. Otosclerose e o aprimoramento da estapedotomia: uma revisão narrativa. 19 f. Trabalho de conclusão de curso (Residência Médica em Otorrinolaringologia) - Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024. |
Appears in Collections: | Otorrinolaringologia |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
HFAlves.pdf | 738.08 kB | Adobe PDF | View/Open |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.