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Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: O cuidado ao câncer de mama: como a pandemia da COVID-19 influenciou no rastreamento, tratamento e pós-tratamento do câncer de mama no Brasil
Autor(es)/Inventor(es): Oliveira, Stefany Vieira Alves de
Orientador: Bloch, Katia Vergetti
Resumo: Introdução: No Brasil e no mundo, o câncer de mama é uma das principais causas de mortalidade entre mulheres e o tratamento eficaz depende da detecção precoce. Porém, a pandemia de COVID-19 teve um impacto significativo nos serviços de saúde em diversas áreas, incluindo rastreamento, tratamento e pós-tratamento desta neoplasia. Objetivos: Este estudo visa analisar como a pandemia alterou processos de detecção e tratamento do câncer de mama em mulheres de 50 a 69 anos no Brasil e regiões. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico comparando a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos para o câncer de mama antes e durante a pandemia. A população de análise são as mulheres brasileiras que tiveram seu diagnóstico de câncer entre janeiro de 2017 e dezembro de 2022. Os dados populacionais foram obtidos do IBGE para 2022. As informações dos casos, estadiamento e tratamento foram coletadas no Painel de Oncologia (DataSUS), os dados de mamografia foram extraídos do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS e os de reconstrução do Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Essas informações foram analisadas no R-Studio, com a linguagem R e no excel. Resultados: Os dados de incidência na população tiveram queda de 2019 para 2020, em todas as regiões, exceto na região norte. Quando se trata de mamografia, em 2020, 42% das mamografias deixaram de ser realizadas no Brasil em relação à média dos 5 anos anteriores, que foi considerado como o esperado para esse ano. Quanto ao estadiamento, a maioria dos diagnósticos ocorre nos estágios II e III nos anos anteriores à pandemia, já durante a pandemia o estágio III e as informações ignoradas lideram, enquanto os estágios 0 e I aparecem com menor frequência em todos os anos. Há um crescimento na categoria “Ignorado" nos anos de pandemia em relação aos anteriores, com 2021 sendo o ano com mais casos de informações ignoradas, tendo uma leve queda para 2022. O estágio III manteve-se relativamente estável, porém, o percentual do estágio IV aumentou gradualmente durante a pandemia. Sobre o tempo entre diagnóstico e início do tratamento, nos anos anteriores à pandemia a categoria “Sem informação de tratamento” já apresentava aumento, a partir de 2020 ele é mais acentuado, além de um aumento gradual da categoria “de 91-180 dias”. Nos dados referentes ao tratamento, antes da pandemia a frequência de mastectomias e tratamentos mostravam estabilidade com um leve declínio, que se manteve nos anos de pandemia. Em contrapartida, os procedimentos de reconstrução tiveram um declínio em 2020 em todas as regiões, exceto no nordeste. Conclusão: A estratégia de restrição e isolamento de 2020 devido a pandemia afetou a detecção precoce do câncer de mama. No período de 2019 a 2020, a realização de diversos procedimentos foi reduzido, tendo como consequência o atraso no diagnóstico e tratamento do câncer. Portanto, são necessárias políticas públicas para atender à demanda por tratamento de estágios mais avançados e oferecê-lo a quem obtiver diagnóstico tardio de câncer de mama, além de planejamento para estratégias a serem tomadas em casos de emergências sanitárias.
Palavras-chave: Neoplasias da mama
Covid-19
Pandemia
Oncologia
Mamografia
Assunto CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA
Unidade produtora: Instituto de Estudos em Saúde Coletiva
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 17-Jun-2025
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Citação: OLIVEIRA, Stefany Vieira Alves de. O cuidado ao câncer de mama: como a pandemia da COVID-19 influenciou no rastreamento, tratamento e pós-tratamento do câncer de mama no Brasil. 2025. 67 f. Monografia (Graduação em Saúde Coletiva) – Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2025.
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