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http://hdl.handle.net/11422/4361
Tipo: | Trabalho de conclusão de graduação |
Título: | Anfibolitos do Greenstone Belt Rio das Mortes e Diques de Metagabro-diabásio da Região de Resende Costa, Estado de Minas Gerais |
Autor(es)/Inventor(es): | Guimarães, Eduardo Henrique Andrade de |
Orientador: | Ávila, Ciro Alexandre |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo o estudo das rochas anfibolíticas do greenstone belt Rio das Mortes e dos diques de metagabro-diabásio de uma área de cerca de 120 Km². Para se alcançar o objetivo proposto foi realizado o mapeamento geológico na escala de 1:25.000 entre as cidades de Ritápolis e Resende Costa, bem como os estudo petrográfico e químico. A evolução da borda meridional do cráton São Francisco pode ser explicada como a estabilização de uma massa continental arqueana, que no Paleoproterozóico começou a sofrer um processo de subducção, culminando com a formação de arcos magmáticos, que foram incluídos no Cinturão Mineiro. Este cinturão é composto principalmente por terrenos gnáissicos parcialmente migmatizados e por rochas vulcânicas máficas-ultramáficas e sedimentares (faixas greenstone), que foram metamorfisadas em fácies anfibolito, destacandose dentre estas o greenstone belt Barbacena, que foi subdividido em três faixas diferentes (greenstone belts Rio das Mortes, Nazareno e Dores do Campo). Essas rochas são intrudidas por diversos corpos máficos e félsicos, relacionados ao plutonismo da fase de subducção deste cinturão. De modo geral, a área mapeada é composta por um embasamento, que é representado por: um pacote de rochas anfibolíticas, que ocorrem intercaladas com raras rochas metassedimentares, que compõe o greenstone belt Rio das Mortes; e pelo gnaisse tonalítico Ramos, de posição estratigráfica indefinida. As rochas do citado greenstone belt são intrudidas por corpos plutônicos, deformados ou não, representados pelo granitóide Ritápolis e pelo ortognaisse Resende Costa. Diques de metagabro-diabásio cortam todas essas unidades citadas, sendo portanto mais novos. O gnaisse tonalítico Ramos é composto por bandas de coloração ora mais clara, ora mais escura, formados por biotita, quartzo, plagioclásio, hornblenda, epidoto, clinozoisita, allanita, apatita, titanita, rutilo e minerais opacos. A diferença de coloração das bandas é dada principalmente pela quantidade de minerais máficos. Este gnaisse é cortado por diversas rochas, dentre as quais: diques tonalíticos; pegmatitos concordantes a foliação, isto é, dobrados juntamente com o gnaisse; diques tonalíticos que cortam a foliação da rocha em baixo ângulo; e diques granodioríticos e pegmatíticos que cortam discordantemente a foliação do gnaisse, sendo esses dois últimos possivelmente relacionados ao granitóide Ritápolis. O greenstone belt Rio das Mortes foi subdividido em três unidades: metassedimentar, metaultramáfica e metamáfica. A unidade metassedimentar é composta por gonditos intercalados com filitos avermelhados a acinzentados e raros quartzitos. A unidade metaultramáfica é representada um corpo cumulático composto por hornblenda + diopsídio + epidoto + plagioclásio + titanita + zircão + sericita ± olivina (fayalita) ± quartzo. A unidade metamáfica é dividida em duas subunidades: a primeira, denominada unidade anfibolítica fina a média é composta por hornblenda verde a castanha + andesina (An32–36) +epidoto + zircão + opacos + apatita + titanita + clinozoisita ± granada ± quartzo; e a segunda corresponde a subunidade anfibolítica com piroxênio, que é composta de hornblenda verde a castanha + andesina (An40–42) + diosídio incolor a verde-pálido + epidoto + zircão + apatita + rutilo + titanita. ± quartzo. As paragêneses impressas nessas rochas apontaram para condições levemente diferentes para as duas subunidades citadas: a subunidade anfibolítica fina a média estaria em condições equivalentes a facies anfibolito baixo/médio, enquanto a subunidade anfibolítica com piroxênio estaria nas facies anfibolito médio/alto. A geoquímica mostrou que as rochas estudadas correspondem a basaltos andesíticos, de filiação toleítica, semelhantes aos MORBs e poderiam ter se formado em arco vulcânico ou em fundo oceânico. Os diques de metagabro–diabásio foram subdivididos em corpos metamorfisados compostos por plagioclásio + hornblenda + apatita + minerais opacos + epidoto + titanita + quartzo + actinolita ± augita, e em diques de diabásio, com mineralogia formada por plagioclásio + augita + ortopiroxênio + apatita + minerais opacos ± uralita ± iddingsita. A família dos diques de metagabro estaria relacionada a um intervalo temporal muito grande entre 2121 ± 7 Ma e 567 Ma, enquanto seu metamorfismo estaria relacionado ao evento da orogenia Brasiliana. Já os diques de diabásio, sem qualquer feição metamórfica ou deformacional, estariam relacionados a algum evento posterior ao evento Brasiliano, provavelmente o magmatismo relativo à abertura do oceano Atlântico. |
Palavras-chave: | Anfibolitos Diques de metagabro-diabásio Greenstone belt Rio das Mortes Petrografia Geoquímica Cinturão Mineiro Cráton São Francisco |
Assunto CNPq: | CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA |
Unidade produtora: | Instituto de Geociências |
Editora: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Data de publicação: | Mai-2010 |
País de publicação: | Brasil |
Idioma da publicação: | por |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | Geologia |
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