Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: http://hdl.handle.net/11422/1421
Especie: Trabalho de conclusão de graduação
Título : Engajamento ou objetividade: reflexos da mídia no segundo governo Vargas
Autor(es)/Inventor(es): Oliveira, Luciano Constant
Tutor: Ribeiro, Ana Paula Goulart
Resumen: O presente trabalho tem como objetivo central permitir a compreensão da existência de forte engajamento político da mídia no segundo governo Vargas quando havia um processo de transição direcionado para a objetividade jornalística (Weltman, 1996). A década de 50 foi o ápice desse processo de modernização em que a opinião era substituída gradativamente pela informação. Daí surge o ponto de contradição que norteia este estudo: em meio a esse contexto, alguns órgãos midiáticos serviram como palco de intensa subjetividade e interesses direcionados durante o governo democrático de Getúlio Vargas. Dentre estes, alguns mais proeminentes são analisados, bem como pontos importantes da trajetória e posicionamentos de seus donos: Assis Chateaubriand, Carlos Lacerda e Samuel Wainer. Os Diários Associados, a Tribuna da Imprensa e a Última Hora manifestaram claramente combatividade editorial, mas não se furtaram em participar do direcionamento à objetividade latente nesses anos. O jornal de Wainer exerceu papel de maior relevância nesse sentido, adotando uma série de medidas pioneiras que influenciaram enormemente a concorrência e se refletem até os dias de hoje (Barros, 1978). Como metodologia adotada, foi realizada ampla pesquisa bibliográfica para o esclarecimento dos fatos relatados, seja a respeito do papel da mídia como também das transformações políticas em curso no país. O corpus de análise do estudo centra-se nas edições da Tribuna da Imprensa e da Última Hora entre o período de 5 até 24 de agosto de 1954. Essa delimitação se refere ao turbulento momento político vivido pelo país desde o atentado sofrido por Carlos Lacerda na Rua Toneleros até o suicídio de Vargas, ilustrando o combate exacerbado entre a legalidade e a deposição do presidente. A importância da análise dos três jornalistas reside no fato de que cada um deles tinha uma característica própria para operar no engajamento típico do período. Assis Chateaubriand moldava os seus posicionamentos de acordo com a adequação dos interesses de seu conglomerado (Diários Associados); Samuel Wainer tornou-se íntimo de Getúlio Vargas de tal modo que a linha editorial da Última Hora ficou intrinsicamente ligada ao presidente; Carlos Lacerda utilizouse da Tribuna da Imprensa para satisfazer suas motivações políticas, visto que tinha pretensões de se tornar político de renome nacional, combatendo de todo modo o governo Vargas e a eventual influência do presidente para indicação de seu sucessor. Essas motivações peculiares somadas a outros fatores como o revanchismo de parte da grande mídia em relação à censura do Estado Novo, por exemplo, permitiram que o engajamento político coexistisse com o processo de transição em direção à objetividade jornalística. Assim, a mídia participou e influenciou a atividade política neste período.
Materia: Mídia
Governo Vargas
Imagem
Materia CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::JORNALISMO E EDITORACAO
Unidade de producción: Escola de Comunicação
Editor: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Fecha de publicación: 20-jun-2006
País de edición : Brasil
Idioma de publicación: por
Tipo de acceso : Acesso Aberto
Citación : OLIVEIRA, Luciano Constant. Engajamento ou objetividade: reflexos da mídia no segundo governo Vargas. 2006. 71 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Comunicação - Habilitação em Jornalismo) - Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.
Aparece en las colecciones: Comunicação - Jornalismo

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