Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11422/15510
Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: Raiva humana no Brasil: análise histórica e cenários futuros segundo os níveis de aquecimento global
Autor(es)/Inventor(es): Farias, Vinícius Alves Martins
Orientador: Santos, Gerusa Belo Gibson dos
Coorientador: Horta, Marco Aurélio Pereira
Resumo: As mudanças climáticas podem ser definidas como um processo de grandes alterações nas propriedades do clima global. Tais mudanças afetam a sociedade em diversos aspectos, a exemplo de impactos sociais, como desnutrição e migrações forçadas, desequilíbrios ecológicos nos ecossistemas e alterações na dinâmica de transmissão de doenças vetoriais. A raiva, objeto de análise deste estudo, é uma doença que pode vir a sofrer impactos de tais mudanças. Considerada uma zoonose grave de letalidade de quase 100%, a raiva ainda hoje se mostra como um problema de saúde pública em diversos países, atingindo em maior proporção os continentes asiático e africano. No Brasil, houve um declínio importante de casos humanos nas últimas décadas, principalmente no ciclo urbano com transmissão por cães e gatos. Apesar do êxito das políticas públicas de controle da doença, ciclos de transmissão silvestre persistem no país, sendo o morcego hematófago a principal fonte de infecção de casos humanos e animais. Com base em um delineamento ecológico, foi realizado um diagnóstico da situação epidemiológica da raiva humana nos últimos 18 anos no Brasil, com identificação das áreas de maior risco de transmissão baseada nos casos e nas taxas de doses de soro antirrábico aplicadas no período, usadas como proxy de acidentes graves com animais potencialmente transmissores do vírus. Adicionalmente, foi realizada uma estimativa da atual e futura adequação climática (2020 a 2100) para a ocorrência da raiva humana no território brasileiro, considerando 3 cenários de aquecimento global distintos. Apesar da distribuição ampla no país de acidentes graves envolvendo vetores do vírus da raiva, as áreas de maior ocorrência de casos humanos se concentraram nas Regiões Norte e Nordeste, mais especificamente em municípios da fronteira entre os Estado do Pará e Maranhão. Os achados também apontam uma expansão geral das áreas de maior adequabilidade climática para a doença em todo o país, porém com maior intensidade nas regiões Norte e Nordeste. Considerando a complexidade dos impactos das mudanças climáticas e os possíveis cenários favorecedores do recrudescimento da transmissão de raiva humana, é urgente o estabelecimento de políticas públicas intersetoriais que busquem minimizar o impacto das transformações antrópicas, e a garantia da sustentabilidade das ações de vigilância e controle da doença em território nacional.
Palavras-chave: Raiva
Mudança climática
Aquecimento global
Assunto CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA
Unidade produtora: Instituto de Estudos em Saúde Coletiva
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 27-Set-2021
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Citação: FARIAS, Vinícius Alves Martins. Raiva humana no Brasil: análise histórica e cenários futuros segundo os níveis de aquecimento global. 2021. 60 f. Monografia (Graduação em Saúde Coletiva) – Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
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