Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11422/16063
Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: O apagamento do R em coda silábica final: análise das comunidades fronteiriças da Região Sul (Projeto ALiB)
Autor(es)/Inventor(es): Silva, Caio Korol Gonçalves da
Orientador: Serra, Carolina Ribeiro
Resumo: Esta monografia tem como objetivo descrever o avanço do processo de apagamento do rótico em coda silábica final – discriminando a distribuição do fenômeno em verbos (pensaR ~ pensaØ) e não verbos (saboR ~ saboØ) – nas comunidades fronteiriças de São Miguel do Iguaçu e Barracão, ambas no Paraná, e Chuí, no Rio Grande do Sul. A investigação busca contribuir para a empreitada de mapeamento do processo de cancelamento do R no âmbito do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), no que diz respeito aos interiores, tendo em vista que os resultados referentes às capitais já foram levantados e se encontram publicados. Desejamos determinar quais fatores linguísticos e sociais atuam na perda segmental, além de identificar as variantes pelas quais se realizam o rótico quando mantido. Nosso aporte teórico-metodológico é o da Sociolinguística Quantitativa (LABOV, 1972, 1994, 2001, 2003) e fizemos uso de doze amostras de fala semiespontânea do corpus do Projeto ALiB, sendo quatro informantes por município, divididos por sexo (masculino e feminino) e idade (18 a 30 anos e 50 a 64 anos); todos falantes com ensino fundamental (completo ou incompleto) e monolingues do Português Brasileiro. Os dados recolhidos (1.254 em verbos e 508 em não verbos) foram submetidos ao programa estatístico GoldVarb X. Os resultados revelam altos inputs de aplicação da regra para classe dos verbos, sendo de .95 em São Miguel do Iguaçu; .90 em Barracão; e .94 em Chuí. Já nos não verbos, o cancelamento é ainda incipiente, com inputs de .15, .08 e .25, para esses municípios, respectivamente. Dentre os fatores linguísticos que influenciam o processo, o contexto fonético antecedente foi selecionado mais de uma vez. Relativamente às variáveis sociais, parecem ter influência o sexo e a idade do informante. De forma geral, o tepe alveolar é a variante mais produtiva, seguida da aproximante retroflexa. No que diz respeito à comparação do comportamento linguístico das cidades fronteiriças com as demais investigadas nos estados da região Sul do Brasil, os índices de zero fonético não se distinguem muito. O que é inegável, no entanto, é o caráter conservador dos falares sulistas quanto à manutenção do rótico – mais especificamente, à produção de variantes de traço [+ anterior] –, na classe dos não verbos, tanto nos interiores quanto nas capitais.
Palavras-chave: Sociolinguística
Variação linguística
Língua portuguesa
Assunto CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Unidade produtora: Faculdade de Letras
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 2021
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:Letras - Inglês

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
CKGSilva.pdf350.55 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.