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http://hdl.handle.net/11422/16451
Tipo: | Trabalho de conclusão de graduação |
Título: | O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi |
Autor(es)/Inventor(es): | Moreira, Amanda Ambrosio |
Orientador: | Lima, Ana Paula Cabral de Araujo |
Coorientador: | Dias, Bruna Torres |
Resumo: | As leishmanioses são ocasionadas por protozoários do gênero Leishmania e transmitidas pelo flebotomíneo infectado. A leishmaniose apresenta sintomatologia variada, desde lesões cutâneas até a leishmaniose visceral, forma mais grave da doença. O desenvolvimento dos sintomas e a progressão das patologias distintas dependem da espécie de Leishmania, da constituição genética e do estado de saúde do hospedeiro, bem como da resposta imune. A análise dos genomas de diferentes espécies de Leishmania demonstrou que apenas alguns genes são espécie-específicos, sugerindo que a regulação da expressão gênica no parasito também seja fundamental para a patogênese da doença. Em L. major, espécie causadora da leishmaniose cutânea, foram descritos três genes semelhantes à ecotina, um inibidor de serino proteases da família S1A encontrado em bactérias, e denominados ISP1, ISP2, ISP3. Demonstramos que o ISP2 da L. major inibe a atividade da elastase neutrofílica (NE) durante a fagocitose do parasito por macrófagos. L. major transgênicas deficientes em ISP2 apresentam sobrevivência reduzida em macrófagos, devido à ativação de uma via celular envolvendo NE - receptor do tipo Toll 2 (TLR2) e do tipo Toll 4 (TLR4). Contudo, a expressão do ISP2 não foi detectada em L. donovani, causadora da leishmaniose visceral. Em ensaios de infecção in vitro e in vivo o crescimento da L. donovani foi reduzido tanto na presença de um inibidor sintético da NE (NEi), como na infecção de camundongos deficientes em elastase (ela2-/- ). Estes resultados indicam que na infecção por L. donovani a atividade do ISP2 é silenciada em benefício da infecção, por permitir que a via de sinalização celular NE- TLR4-TLR2 permaneça ativada, garantindo a sobrevivência dos parasitos no interior dos macrófagos. A fim de investigar como o balanço ISP2-NE se apresenta nas diferentes espécies viscerotrópicas, avaliamos infecções de macrófagos in vitro e in vivo por L. i. chagasi. A expressão do ISP2 não foi detectada em L. i. chagasi através da técnica de Western blotting. Ensaios de infecção in vitro demonstraram resultados divergentes, ora a ausência ou inibição da NE promove o crescimento do parasito no interior dos macrófagos, ora não há efeitos significativos. Observou-se maior crescimento intracelular do parasito na presença de NEi ou em macrófagos ela2-/- quando comparado com a infecção em macrófagos do background genético (C57BL/6). Ao adicionarmos NE exógena na infecção, o crescimento intracelular dos parasitos foi diminuído após 72h, tanto em macrófagos C57BL/6, como ela2-/-. Em infecções in vivo observamos maior carga parasitária no baço de camundongos ela2-/- do que em C57BL/6. Sugerimos que na infecção por L. i. chagasi, a modulação da atividade da NE é um fator importante para garantir a manutenção e estabelecimento da infecção, similar ao observado em L. major. Porém, reformulação metodológica é necessária para resultados mais conclusivos e confiáveis. |
Palavras-chave: | Leishmania Leishmaniose visceral Infecção Macrófagos |
Assunto CNPq: | CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA |
Unidade produtora: | Instituto de Microbiologia Paulo de Góes |
Editora: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Data de publicação: | 16-Dez-2016 |
País de publicação: | Brasil |
Idioma da publicação: | por |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Citação: | MOREIRA, Amanda Ambrósio. O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi, 2016. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia) - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2016. |
Aparece nas coleções: | Ciências Biológicas - Microbiologia e Imunologia |
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