Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: http://hdl.handle.net/11422/16937
Especie: Trabalho de conclusão de graduação
Título : Brasilidades em disputa: lutas de representações e narrativas nacionais no processo de demolição do Palácio Monroe (1960-1976)
Autor(es)/Inventor(es): Avelar, Lucas de Souza
Tutor: Mota, Maria Aparecida Rezende
Resumen: As representações coletivas constituem-se, cada vez mais, em objeto da pesquisa histórica, sobretudo após a ampliação de temas e problemas promovida pela Nova História Cultural. Práticas, categorias mentais e discursos manifestam-se nessas representações que traduzem as posições e os interesses dos agentes sociais e descrevem a sociedade tal como estes agentes a compreendem. É neste sentido que a pesquisa que desenvolvemos concentra-se na disputa entre os que propunham o tombamento do Palácio Monroe como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, na década de 1970, e aqueles que defendiam sua demolição, o que acabou por acontecer. Edificado na então Capital Federal em 1906, o Monroe abrigou o Senado Federal a partir dos anos vinte. O Palácio era a materialização do projeto republicano que, no início do século XX, ainda procurava legitimar-se no imaginário social mobilizando signos que associassem o novo regime à modernização e ao progresso da nação. Já nos anos 70 do século XX, o arrasamento do Monroe inscrevia-se no debate sobre os valores arquitetônicos que deviam, ou não, serem preservados como o rosto da nação brasileira. Esse processo de apagamento pode ser interpretado como parte de uma luta de representações entre grupos sociais distintos. Para comprovar esta hipótese, analisamos os discursos desses grupos, procurando discernir, sobretudo, os significados da perspectiva preservacionista adotada por setores expressivos das elites intelectuais da década de 1970 e presente na proposta de manutenção do Palácio Monroe. A principal fonte em exame é o Processo de Tombamento nº860-T-72, sob a guarda do IPHAN, no qual recomenda-se a conservação do Monroe, uma vez que a edificação integrava o conjunto arquitetônico da Avenida Rio Branco, principal legado das reformas urbanas do início do século XX que teriam transformado o Rio de Janeiro em uma capital republicana e integrado o Brasil ao concerto das nações civilizadas. Apesar de o conjunto ter sido preservado, o Palácio e seu testemunho histórico foram apagados. Nossa hipótese central é de que, nessa luta de representações, a derrota dos agentes sociais que procuravam formular certa identidade brasileira, mobilizando o discurso da patrimonialização de vestígios materiais do passado, evidencia um novo projeto estético, em termos de arquitetura e urbanismo, que expressa, também, um novo projeto de nação que se quer mais comprometida com a inovação e com o futuro.
Materia: História cultural
Patrimonialização
Rio de Janeiro
Materia CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA::HISTORIA DO BRASIL
Unidade de producción: Instituto de História
Editor: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Fecha de publicación: 2019
País de edición : Brasil
Idioma de publicación: por
Tipo de acceso : Acesso Aberto
Aparece en las colecciones: História

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