Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11422/17217
Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: “Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais
Autor(es)/Inventor(es): Motta, Julia Pereira
Orientador: Maia, Maria Vitória Campos Mamede
Resumo: Essa pesquisa nasce a partir da experiência de estágio curricular obrigatório da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cumprido numa escola municipal da cidade do Rio de Janeiro nos Anos Iniciais de ensino. Foi realizado um estudo qualitativo (IVENICK, CANEN, 2016) sobre a prática de estágio. Nesse sentido, o trabalho tem como objetivo investigar as potencialidades que o universo simbólico do desenho propícia para a aquisição do código da leitura e escrita nos Anos Iniciais. Esse universo simbólico (PIAGET, [1967], 2019) pode ser compreendido como todo tipo de representação e linguagem, evidenciado por Piaget no estágio pré-operatório da evolução do pensamento infantil, no qual o desenho está incluído. Sendo assim, o desenho se configura como um instrumento de significação que organiza e estrutura o pensamento infantil (FASSINA, 2011). Quando a pesquisa se propõe a falar de leitura e escrita, referimo-nos à alfabetização conceituada por Soares, que consiste na aprendizagem do sistema alfabético-ortográfico (SOARES, [1998], 2009). Foi encontrada a necessidade de conceituar o entendimento sobre a escrita em si e, para tanto, recorremos a Luria ([1988], 2018, p. 146) quando teoriza que a escrita é “uso funcional de linhas, pontos e outros signos para recordar e transmitir ideias e conceitos”. Ao se referir sobre o desenho, Luria destaca que este se inicia a partir da brincadeira infantil, porém pode ser um meio para registro (LURIA, 2018, p. 174). Posto isto, os signos que recordam e transmitem ideias podem ser versados como os desenhos, evidenciando, assim, a relação destes com a escrita. É pertinente apontar, dado o uso do termo desenho, que este se insere no brincar para as crianças e, na brincadeira, nos encontramos com o viver criativo (WINNICOTT, [1971], 2019). Exercitando o universo simbólico do desenho, que é um lugar de expressão da linguagem, seria possível fazer da leitura e da escrita um processo com sentido e significados reais para os alunos. Essa hipótese foi gestada para somar na aprendizagem dos alunos, pois uma das percepções feitas durante a prática do estágio nos Anos Iniciais sobre o ensino dos conteúdos curriculares na instituição em questão descrevem atividades de cópias mecanizadas que não possibilitam autoria nem autonomia de pensamento discente (FERNÁNDEZ, 2001). Ao final da pesquisa, foi possível perceber que promover um espaço que exercite a linguagem artística vai ao encontro de um desenvolvimento infantil lúdico, criativo e saudável, o que propicia o aprendizado das letras e progressão na leitura. A relação com a formação docente também foi relevante nas conclusões, pois destacou-se que o educador deve preconizar, em sua prática, a saída da utopia e o pensamento em possibilidades reais para os discentes.
Palavras-chave: Desenvolvimento infantil
Desenho
Leitura
Criatividade
Assunto CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::TOPICOS ESPECIFICOS DE EDUCACAO::EDUCACAO PRE-ESCOLAR
Unidade produtora: Faculdade de Educação
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 13-Dez-2021
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Citação: MOTTA, Julia Pereira. “Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) - Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
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