Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11422/19140
Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: Caracterização genotípica de amostras de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina isoladas de diferentes hospitais do estado do Rio de Janeiro
Autor(es)/Inventor(es): Costa, Bruno de Souza Scramignon
Orientador: Figueiredo, Agnes Marie Sá
Coorientador: Botelho, Ana Maria Nunes
Resumo: A resistência aos antimicrobianos observada em Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) vem sendo considerada um dos maiores desafios a serem enfrentados na saúde humana, devido à ampla disseminação desta bactéria. As técnicas de epidemiologia molecular tradicionais, por anos, colaboraram para o mapeamento da circulação de clones mais resistentes. Dentre essas técnicas podemos destacar a caracterização do SCCmec (do inglês, Staphylococcal Cassette Chromosome mec) e o teste RM (do inglês, restriction-modification system). No Brasil, amostras do clone epidêmico Brasileiro (CEB) de MRSA (CC8-ST239-SCCmecIII) vinham sendo as mais frequentemente isoladas até meados dos anos 2000. Contudo, nas últimas décadas, vem sendo observado um fenômeno de variação clonal, com um aumento na ocorrência de amostras pertencentes a outras linhagens (CC1-SCCmecIV, CC5-SCCmecIV e CC5-SCCmecII), suplantando a linhagem previamente estabelecida. O trabalho teve como objetivo revelar quais os clones de MRSA estão atualmente predominando em infecções no Rio de Janeiro, em um universo de 51 hospitais, bem como identificar sua distribuição nos diferentes sítios do hospedeiro. Para isso, um total de 600 amostras de MRSA isoladas de pacientes admitidos nestes hospitais, entre julho de 2014 e agosto de 2017, foram incluídas neste estudo. A coleção foi submetida aos testes de susceptibilidades frente aos antimicrobianos recomendados pelo CLSI (2018). Posteriormente, essas amostras foram submetidas a dois métodos de caracterização genotípica: o teste RM e a tipagem do SCCmec. O teste RM identificou a prevalência do complexo clonal CC5, enquanto que a tipagem do SCCmec identificou os tipos IV e II como sendo os mais prevalentes dentro do Estado. Com base nesses resultados preliminares, foram identificadas as linhagens CC5-SCCmecIV e II, como sendo as mais prevalentes em circulação dentro do Estado, independentemente dos grupos amostrais analisados (origem clínica e faixa etária). Os resultados obtidos através dos testes de susceptibilidade identificaram que as linhagens de MRSA CC5-SCCmecIV e II apresentaram menores índices de resistência, quando comparadas com o CEB, às drogas que deixaram de ser utilizadas como alternativa terapêutica. Além disso, foi observado um aumento na quantidade de amostras pertencentes ao CC30. Concluindo, com os resultados apresentados podemos demonstrar que as linhagens de MRSA CC5-SCCmecIV e II estão suplantando a linhagem CEB anterior, pelo menos, dentro do Estado do Rio do Janeiro.
Palavras-chave: Staphylococcus aureus resistente à meticilina
Caracterização genotípica
Methicillin-resistant Staphylococcus aureus
Genotypic characterization
Assunto CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA
Unidade produtora: Instituto de Microbiologia Paulo de Góes
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 25-Jan-2019
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Citação: COSTA, B. de S. S. (2019). Caracterização genotípica de amostras de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina isoladas de diferentes hospitais do estado do Rio de Janeiro [Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional Pantheon.
Aparece nas coleções:Ciências Biológicas - Microbiologia e Imunologia

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