Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11422/19495
Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: Do escravismo pleno ao escravismo tardio: um capítulo da conformação racista do estado no Brasil, sob a análise de Clóvis Moura
Autor(es)/Inventor(es): Campos, Gabriel Corrêa
Orientador: Werner, Deborah
Coorientador: León, Jaime Ernesto Winter Hughes
Resumo: A realidade brasileira aponta uma enorme desigualdade racial, como se pode observar nos índices de desemprego, subutilização, homicídio e outros. Essas disparidades são históricas e traduzem um pilar estrutural da sociedade brasileira: o racismo. Tal pilar foi erigido através desde a colonização do Brasil e, portanto, possui íntima ligação com a constituição do capitalismo a nível mundial e do capitalismo dependente no Brasil, sendo parte indissociável de suas reproduções. O Estado nunca foi alheio a esse sistemático processo de discriminação. Pelo contrário, foi e é fundamental para sua existência. Neste trabalho, pretende-se compreender como, durante o modo de produção escravista (1550-1888), o aparelho estatal se constituiu num alicerce do equilíbrio social no período, de formar a manter a dominação de classe e raça de uma minoria senhorial (branca) e dar as bases para estreitas faixas de integração do negro na sociedade do trabalho livre. Tal processo não foi estático, inseriu-se em contradição com o componente ativo da quilombagem dos escravizados (negros). O trabalho todo se apoiará especialmente no pensamento de Clóvis Moura, intelectual marxista que interpretou o Brasil a partir do negro e sua dinâmica na luta de classes. Para tanto, conta 6 capítulos. O primeiro, a introdução, apresenta a concepção estrutural sobre o racismo. No segundo, aborda-se a noção de intérprete do Brasil e a metodologia utilizada no trabalho, a abordagem das controvérsias para a organização da História do Pensamento Econômico Brasileiro (HPEB), desenvolvida no Laboratório de Estudos Marxistas (LEMA). Em seguida, abordar-se-á como o pensamento social brasileiro refletiu e ajudou a criar a ideologia dominante sobre relações raciais no país, concentrando-se brevemente no pensamento de Oliveira Vianna e Gilberto Freyre como exemplos. A crítica de Moura ao paradigma culturalista, por sua vez, no capítulo 4, introduzirá as bases de sua perspectiva marxista para a interpretação do período da escravidão. Já o capítulo 5 analisará como a historiografia da escravidão se desenrolou por suas linhas e deixou importantes lições ao estudo da Formação Econômica e Social Brasileira, dando enfoque à última fase do modo de produção escravista por ser chave aos limites impostos à democratização racial no país. Por fim, delineia-se uma breve conclusão.
Palavras-chave: Moura, Clovis, 1925-2003
Intérpretes
Racismo
Escravidão
História econômica
Aspectos sociais
Brasil
Assunto CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL::FUNDAMENTOS DO PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL::HISTORIA URBANA
Unidade produtora: Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 16-Fev-2022
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social

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