Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11422/19779
Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: Performance de estatais brasileiras em longo prazo após o IPO (1994-2020)
Autor(es)/Inventor(es): Fernandes, Pedro Borges
Orientador: Ribeiro, Eduardo Pontual
Resumo: O desenvolvimento econômico brasileiro produziu uma série de imbricações entre o setor público e privado. O preenchimento de “espaços vazios” exercido pelo Estado visando desenvolver setores-chave para a economia brasileira produziu um corpo de empresas estatais que viu sua relevância reduzir a partir da década de 90. Juntamente à essa redução, diminuíram também seus resultados, aumentando a necessidade do financiamento público para a sua continuidade. Contudo, perante o atual cenário fiscal, agravado pela pandemia de Covid-19, deve-se debater a sustentabilidade financeira do Estado brasileiro, visando permitir-lhe que se dedique às tarefas mais diretamente relacionadas e urgentes à sociedade. Não obstante, o país continua com os “espaços vazios” a serem preenchidos, sendo, portanto, imperativo que se meça alternativas para a continuidade da atuação das estatais com maior sustentabilidade financeira. Dentro desse contexto, insere-se a adoção da abertura de capital, a qual tem impactos não somente financeiros, aumentando a arrecadação externa, mas também operacionais e de governança corporativa. Espera-se que, em longo prazo, a adoção da estratégia se siga de uma valorização da empresa, em resposta a esses impactos positivos. Portanto, o presente estudo dedica-se a avaliar o comportamento dos preços de estatais brasileiras após a adoção da abertura de capital em relação ao mercado, visando traçar um paralelo indireto entre a adoção da estratégia e este comportamento. Tem-se como objetivos específicos também trazer um panorama sobre os estudos de IPO em termos de underpricing de curto prazo, os impactos positivos da abertura e as estratégias de avaliação da performance de longo prazo, em razão da importância e relação direta entre os temas e a problemática. Como resultado, apesar dos retornos positivos, adotando-se uma abordagem de tempo-calendário e assumindo um nível de significância de 5%, apenas os retornos anormais médios de 43% podem ser confirmados pelo teste de hipótese da média, em razão da heterogeneidade e amostra diminuta. Dessa forma, a performance positiva após a abertura pode somente ser confirmada em longuíssimo prazo, suscitando cautela ao estabelecer a relação para razões de gestão e investimento. Ainda assim, conclui-se que, apesar destes resultados, deve-se considerar a abertura ponderada aos seus impactos positivos e custos específicos, visando apoiar a continuidade do preenchimento de “espaços vazios” pelo Estado em paralelo ao atendimento das urgências da sociedade.
Palavras-chave: Performance
Retornos anormais
Empresas estatais
Assunto CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA
Unidade produtora: Instituto de Economia
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 30-Abr-2021
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Citação: FERNANDES, Pedro Borges. Performance de estatais brasileiras em longo prazo após o IPO (1994-2020). 2021. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Econômicas) - Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
Aparece nas coleções:Ciências Econômicas

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