Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11422/20041
Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: Expectativas normativas, percepções dos gestores escolares e estigmatização de famílias dos estudantes no Rio de Janeiro
Autor(es)/Inventor(es): Rezende, Daniele da Costa
Orientador: Rosistolato, Rodrigo Pereira da Rocha
Resumo: Esse trabalho tem por objetivo analisar a produção e reprodução de estigmas em torno das famílias dos estudantes e das escolas que os recebem, a partir da percepção dos gestores educacionais da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. Ele está inserido no projeto “Estigma e construção de trajetórias educacionais”, desenvolvido pelo laboratório de pesquisa em oportunidades educacionais (LaPOpE), da Faculdade de Educação da UFRJ e conta com o financiamento do CNPq. O trabalho está organizado em três artigos complementares, que discutem os processos de estigmatização das famílias dos estudantes e os processos de matrícula na rede. No primeiro artigo, descrevemos os procedimentos de matrícula com base nos documentos norteadores da política e nas entrevistas realizadas com os gestores. Os resultados indicam que há lacunas na política que possibilitam a criação de critérios próprios, especialmente durante o remanejamento dos estudantes de escolas que atendem o 1º segmento do ensino fundamental para as escolas que atendem o 2º segmento. Esses critérios, por vezes, são pautados nas percepções valorativas ou estigmatizantes que os gestores (re)produzem sobre as famílias dos estudantes. O método taxonômico utilizado para análise das entrevistas nos permitiu mapear os modelos de famílias desejados e indesejados pelos gestores. No segundo, apontamos a existência de tipos ideais de participação das famílias nas escolas e descrevemos como a participação ativa e a pouca ou não-participação pode ser vista de forma desejada e indesejada. Pautados nas falas dos gestores, apontamos que os gestores constroem expectativas normativas sobre as famílias que quando são quebradas se convertem em estigmas. Nesse cenário, a participação em excesso ou inadequada em suas perspectivas, representam um problema, especialmente quando contrariam as escolhas da gestão. No terceiro, identificamos as representações construídas em torno das escolas que recebem os estudantes e famílias estigmatizados. Os dados apontam para existência de um processo de hierarquização e estigmatização entre escolas na mesma rede. Além disso, utilizamos artigos encontrados por meio de uma revisão bibliográfica e comparamos os dados encontrados no Rio de Janeiro com outros contextos educacionais no Brasil e em outros países. Os artigos são fundamentados, principalmente, na teoria sobre estigma desenvolvida por Goffman (1975) que afirma que o estigma ocorre nas interações face a face que são reguladas por normas sociais pré-estabelecidas. A atuação discrepante do que é socialmente esperado pode vir a tornar indivíduos ou grupos considerados inabilitados para aceitação social plena, e por isso, estigmatizados.
Palavras-chave: Estigmatização
Gestão escolar
Famílias
Assunto CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Unidade produtora: Faculdade de Educação
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 28-Fev-2023
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Citação: REZENDE, Daniele da Costa. Expectativas normativas, percepções dos gestores escolares e estigmatização de famílias dos estudantes no Rio de Janeiro. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) - Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023.
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