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http://hdl.handle.net/11422/20327
Tipo: | Trabalho de conclusão de graduação |
Título: | O tripleto infravermelho do cálcio II como indicador cromosférico em estrelas frias |
Autor(es)/Inventor(es): | Oliveira, Diego Lorenzo de |
Orientador: | Porto de Mello, Gustavo Frederico |
Resumo: | Os fenômenos magnetohidrodinâmicos decorrentes da atividade cromosférica na superfície de estrelas frias são potenciais diagnósticos de importantes parâmetros estelares, tais como a convecção superficial, a rotação diferencial e a evolução da perda de momento angular. Diversas linhas espectrais já se mostraram úteis indicadores espectroscópicos da atividade magnética estelar, tais como H e K do Ca II, Hα e o dubleto do Mg II no UV. O tripleto do Ca II no infravermelho, em contraste, permanece muito menos estudado. O fluxo cromosférico nessas linhas está vinculado ao histórico de transferência do momento angular da estrela para ventos magnetizados, produzindo um torque e reduzindo a rotação estelar. Como consequência, a rotação estelar e a atividade cromosférica decaem monotonicamente com a idade, sendo um potencial indicador deste parâmetro fundamental. Neste trabalho, avaliamos o potencial de duas linhas do tripleto infravermelho do Ca II, λ8498 e λ8662, como um diagnóstico cromosférico em estrelas frias de tipo espectral F, G, e K. Nossa amostra é composta de 69 estrelas, observadas com o espectrógrafo FEROS/ESO, a uma razão sinal-ruído entre 100 e 300. Derivamos uma nova calibração de fluxo absoluto utilizando modelos atmosféricos teóricos muito modernos, em função das temperaturas efetivas, gravidades superficiais e metalicidades das estrelas da amostra, retiradas da literatura. O fluxo total absoluto (fotosfera mais cromosfera) no centro das linhas do tripleto foi obtido em relação ao fluxo de duas diferentes janelas espectrais de referência, sendo os fluxos de referência obtidos diretamente da calibração baseada nos modelos atmosféricos teóricos. Obtivemos excelente consistência entre as medidas do fluxo nas linhas do tripleto obtidas com referência às duas diferentes janelas. O fluxo absoluto no centro das linhas do tripleto mostra comportamento semelhante ao fluxo correspondente na linha Hα. As subgigantes sistematicamente mostram fluxo cromosférico diminuído em relação às estrelas anãs. Mostramos que as estrelas subgigantes povoam um envoltório inferior de fluxo em um diagrama de fluxo absoluto vs. temperatura efetiva, e estas foram definidas como estrelas com componente magnética mínima de aquecimento da cromosfera. Os fluxos desse envoltório inferior foram subtraídos dos fluxos totais, fornecendo os fluxos puramente cromosféricos. Mostramos que a correlação direta dos fluxos cromosféricos nas linhas do tripleto com os fluxos de Hα é fraca, fato que, possivelmente, pode ser explicado pelos erros maiores associados aos fluxos no tripleto. Um estudo mais aprofundado é necessário para chegar-se a uma conclusão mais definitiva a respeito. Os fluxos cromosféricos em Hα já foram bem correlacionados com a idade, para estrelas não muito velhas, em outros trabalhos. Nossa tentativa de obter uma correlação semelhante para os fluxos do tripleto não foi bem-sucedida, provavelmente pelo fato de nossa amostra não possuir estrelas de aglomerados e grupos cinemáticos com idades bem conhecidas. Concluímos que o fluxo cromosférico nas linhas do tripleto é potencialmente um bom diagnóstico da atividade cromosférica em estrelas frias, exigindo, entretanto, mais estudos a respeito. |
Palavras-chave: | Estrelas Cromosferas estelares Espectroscopia astronômica Estrelas de tipo solar Idades estelares Stars Stellar chromospheres Astronomical spectroscopy Solar-type stars Stellar ages |
Assunto CNPq: | CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::ASTRONOMIA |
Unidade produtora: | Observatório do Valongo |
Editora: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Data de publicação: | 24-Jul-2009 |
País de publicação: | Brasil |
Idioma da publicação: | por |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Citação: | OLIVEIRA, Diego Lorenzo de. O tripleto infravermelho do cálcio II como indicador cromosférico em estrelas frias. 2009. 62 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Astronomia) - Observatório do Valongo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. |
Aparece nas coleções: | Astronomia |
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