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Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: Aplicação de consórcios microbianos no tratamento de efluentes ricos em corantes
Autor(es)/Inventor(es): Rosa, Lídia Simão da
Orientador: Almeida, Ana Maria Mazotto de
Coorientador: Silva, Juana de Ramos
Resumo: O Brasil detém a maior cadeia têxtil completa do Ocidente, com processos produtivos que envolvem desde o cultivo de matérias primas, até as fases finais como acabamento, costura e vendas. Ao decorrer das etapas de produção, na fase de tingimento cerca de 15% do total dos corantes não se aderem as fibras dos tecidos, e são descartados nos efluentes. Com isso, a luz solar é impedida de penetrar nos corpos d’água, prejudicando processos essenciais como a fotossíntese. O grupo de corantes mais utilizados pela indústria têxtil, são os do tipo azo. Esses possuem difícil biodegradação, e durante o tratamento podem gerar subprodutos tóxicos com resíduos de aminas aromáticas, que são comprovadamente carcinogênicos. O corante índigo carmim comumente aplicado para tingir fibras de jeans, apresentam difícil remoção e são quimicamente estáveis. O presente trabalho propõe uma metodologia biológica para o tratamento efluentes contaminados com corantes têxteis, envolvendo cepas bacterianas combinadas em diferentes consórcios. Para isso, 6 cepas com capacidade de descolorir diferentes corantes azo foram testadas frente a produção de substâncias antagônicas, com base nestes resultados foi possível montar 27 combinações distintas, das quais 4 foram testados neste trabalho com os corantes Amarelo Ouro RNL, Índigo Carmim, Laranja de Metila, reativo Preto Intenso N, reativo Vermelho CA e Violeta Brilhante 5R. Duas condições de cultivos foram adotadas sendo elas sob agitação e estática. Ao longo dos testes de descolorações, puderam ser observadas, taxas de descoloração acima de 90%. O consórcio de número de III alcançou máxima de 94% de degradação do corante Índigo Carmim em cultivo agitado e 91% com cultivo estático, a mesma combinação microbiana foi capaz de descolorir 91% do corante laranja de metila. O consórcio II, atingiu 90% no corante preto, 82,6% do vermelho e 78% no violeta, todos em cultivo estático. Já o consórcio IV obteve taxas acima de 70% na descoloração dos corantes índigo carmim, laranja de metila, preto e vermelho. E o consórcio I obteve 70% de degradação do corante reativo Preto Intenso N. Os resultados obtidos no presente trabalho, sugerem que os consórcios aqui apresentados, possuem capacidade de degradar os corantes têxteis. As perspectivas futuras para o referido trabalho incluem, a continuação dos testes de degradação com os consórcios restantes, identificar as bactérias, através do sequenciamento do gene 16S. Realizar os testes de toxicidade nos melhores consórcios. E por fim detectar as enzimas envolvidas no processo e a análise dos metabólitos produzidos.
Palavras-chave: Compostos azo
Índigo carmim
Indústria têxtil
Descoloração
Azo compounds
Indigo carmine
Textile industry
Discoloration
Assunto CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA
Unidade produtora: Instituto de Microbiologia Paulo de Góes
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 18-Jul-2023
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Citação: ROSA, L. S. da. (2023). Aplicação de consórcios microbianos no tratamento de efluentes ricos em corantes [Trabalho de conclusão de curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional Pantheon.
Aparece nas coleções:Ciências Biológicas - Microbiologia e Imunologia

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