Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://hdl.handle.net/11422/21560
Tipo: | Trabalho de conclusão de graduação |
Título: | Mulheres negras e Bolsa-família: notas sobre a responsabilização do cuidado |
Autor(es)/Inventor(es): | Armindo, Larissa Nascimento |
Orientador: | Gouvea, Marina Machado de Magalhães |
Coorientador: | Passos, Rachel Gouveia |
Resumo: | O presente trabalho de conclusão, teve como motivação algumas das muitas inquietações que surgiram durante a realização do estágio obrigatório em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Nossa proposta é refletir sobre a situação da mulher negra inserida como titular no programa Bolsa Família, tendo em vista as opressões interseccionais as quais estão sujeitas. Com base no diálogo com importantes autoras(es) dotados de uma perspectiva crítica, algumas delas feministas negros, tomamos como ponto de partida o processo de formação social brasileiro, pautado na escravização de pessoas negras, como a base para a acumulação capitalista. Argumentamos que no Brasil, a persistência do trabalho doméstico remunerado enquanto ocupação precária, mal remunerada que historicamente tem sido designada às mulheres negras desde o processo de escravização à contemporaneidade, é uma forma de perpetuação das desigualdades sociais, raciais e de gênero. Para além da esfera do trabalho remunerado, a análise de alguns indicadores sociais como acesso à saúde, e educação nos permite afirmar que as opressões de classe, gênero, raça/etnia e sexualidade de forma articulada geram desvantagens sociais e econômicas, principalmente para as mulheres negras. Consideramos que situação da mulher negra beneficiária do programa Bolsa Família, é bastante emblemática, e deve ser posto como central, por se tratar de um segmento que historicamente é posto a margem do sistema de proteção social brasileiro, tendo em vista que nele a lógica de cidadania regulada foi substituída pela lógica do cidadão consumidor num país marcado pelo trabalho precário, informal e mal remunerado e, portanto, o acesso aos serviços se limita a quem pode pagar. No contexto neoliberal, marcado pelo desmonte das políticas sociais, o programa de transferência de renda focalizado, voltado para garantir o mínimo para o segmento mais pobre da população, tem as mulheres negras como segmento majoritário entre as titulares do benefício. Diante disso, faz se necessário problematizar alguns aspectos da inserção dessas mulheres-mães no Programa Bolsa Família (PBF). Um dos pontos abordados, diz respeito a responsabilização pelo cuidado que se expressa no cumprimento das condicionalidades do programa. Ademais, nos questionamos o sobre a possibilidade de superação dessa responsabilização, num contexto de profundas transformações societárias. Por fim, discutimos sobre as propostas que foram debatidas pela atual gestão do governo federal sobre o futuro do Bolsa Família e seus possíveis rebatimentos frente a crise do novo coronavírus. |
Palavras-chave: | Negras Programa Bolsa Família Feminismo |
Assunto CNPq: | CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL |
Unidade produtora: | Escola de Serviço Social |
Editora: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Data de publicação: | 26-Fev-2021 |
País de publicação: | Brasil |
Idioma da publicação: | por |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Citação: | ARMINDO, Larissa Nascimento. Mulheres negras e Bolsa-família: notas sobre a responsabilização do cuidado. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) - Escola de Serviço Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021. |
Aparece nas coleções: | Serviço Social |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
LArmindo.pdf | 492.04 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.