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http://hdl.handle.net/11422/22035
Tipo: | Trabalho de conclusão de graduação |
Título: | Identificação e caracterização de incêndios causados por descargas atmosféricas por meio de sensoriamento remoto |
Autor(es)/Inventor(es): | Menezes, Lucas da Silva |
Orientador: | Santos, Renata Libonati dos |
Coorientador: | Russo, Ana Cristina Machado |
Resumo: | Os raios nuvem-solo são a principal fonte de ignição natural de fogos em todo o mundo. Nesse sentido, a comunidade cientifica tem direcionado os seus esforços a investigar a relevância de incêndios induzidos por raios a fim de aperfeiçoar as políticas de prevenção e gerenciamento do fogo em diversas áreas, tipicamente a partir de informações relatadas em campo. Em países como Portugal, que dispõe de um amplo catálogo de ocorrências, cerca de metade dos incêndios catalogados não possuem uma causa atribuída, e particularmente no Brasil, este fenômeno é muito pouco documentado, evidenciando a necessidade de quantificar e melhor entender a relevância das ignições por raio em ambas as regiões. O objetivo deste trabalho é investigar a variabilidade espacial e temporal de incêndios induzidos por raio e quantificar a sua relevância no bioma brasileiro Pantanal e no território de Portugal continental, duas áreas com regime de fogo e características climáticas distintas. Adicionalmente, o potencial dos dados de sensoriamento remoto em atuar como fonte alternativa para identificação e caracterização deste fenômeno foi avaliado. Além dos dados de raios disponibilizados pela STARNET (Brasil) e o IPMA (Portugal), a análise no Pantanal foi baseada exclusivamente em dados de focos de calor e área queimada dos sensores VIIRS e MODIS, enquanto em Portugal também foi utilizado o catálogo de ocorrências de incêndio disponibilizado pelo Instituto da Conservação de Natureza e das Florestas (ICNF). Os resultados indicam que os raios não são a principal fonte de ignição de incêndios no Pantanal, sendo responsáveis por apenas 5% das cicatrizes de incêndio e correspondendo a 16% da área total queimada entre 2012 e 2017. Apesar de ocorrer com maior frequência durante a primavera, ao norte do bioma, eles são mais relevantes para o regime de fogo durante o verão, quando contabilizam por cerca de 50% das cicatrizes de incêndio, situadas principalmente ao oeste do bioma. Por sua vez, em Portugal foi estimado que apenas 1% das ocorrências de incêndio entre 2003 e 2020 sejam induzidas por raios, uma relevância ainda menor em comparação ao indicado em publicações e relatórios anteriores. Eles ocorrem principalmente entre junho e setembro, nas áreas remotas ao norte e na região central de Portugal, onde se localizam as cadeias montanhosas. O emprego de dados de sensoriamento remoto em conjunto com a metodologia utilizada resulta em uma boa precisão ao classificar a causa de ignição de incêndios e focos de calor. No entanto, devido a resolução espacial do produto de satélite utilizado, não foi possível avaliar a contribuição de incêndios de menor dimensão para o regime de fogo no Pantanal. |
Palavras-chave: | Pantanal Portugal Raios Incêndios Incêndio natural |
Assunto CNPq: | CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::METEOROLOGIA |
Unidade produtora: | Instituto de Geociências |
Editora: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Data de publicação: | Out-2023 |
País de publicação: | Brasil |
Idioma da publicação: | por |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | Meteorologia |
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