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http://hdl.handle.net/11422/22476
Tipo: | Trabalho de conclusão de graduação |
Título: | Estratégias de relativização: uma abordagem do continuum de gêneros textuais jornalísticos para a descrição de norma(s) |
Autor(es)/Inventor(es): | Souza, Lalia Crystian do Nascimento de |
Orientador: | Vieira, Silvia Rodrigues |
Resumo: | O presente trabalho investiga as estratégias de relativização em diferentes gêneros textuais distribuídos em um continuum oralidade-letramento para se pensar, em última instância, no debate acerca da formulação de norma(s) de referência(s). Para tanto, considera o comportamento do fenômeno variável – se padrão (ex. O menino de que eu gosto), cortadora (ex.: O menino que eu gosto) ou copiadora (ex.: O menino que eu gosto dele). A partir de dados extraídos de um banco de dados organizado no âmbito do projeto Pró-norma plural: do continuum fala-escrita para a norma-padrão, verificou-se (i) a distribuição das variantes das estratégias de relativização nos gêneros textuais jornalísticos; e (ii) os condicionadores que afetaram as ocorrências. Assumem-se os pressupostos da Teoria de Variação e Mudança (Weinreich; Labov; Herzog, 2006 [1968]; Labov, 2008 [1972]), dos estudos de norma(s) (Faraco, 2008, 2015, 2020; Vieira; Lima, 2019) e das propostas de continuum para a descrição do quadro sociolinguístico do português brasileiro (Bortoni-Ricardo, 2004, 2005, Marcuschi, 2001, 2008; Lima, 2022). O corpus de análise foi constituído por 4 gêneros textuais do jornal O Globo, agrupados em porções do continuum: [+ oralidade], com tirinha e entrevista; [central], com crônica, e [+ letramento], com editorial. As ocorrências foram codificadas segundo o programa estatístico Goldvarb-X. A investigação buscou responder às seguintes perguntas: Como as estratégias de relativização se comportam em uma diversidade de gêneros textuais distribuídos em um continuum fala-escrita? Ocorre variação em diferentes pontos desse continuum? O gênero textual influencia a ocorrência das estratégias? O que o comportamento dos dados sugere sobre a norma-padrão socialmente idealizada para o domínio jornalístico? A análise do fenômeno a partir dos dados encontrados indicou que, nos contextos de registro de relativas não padrão cortadora, os gêneros se aproximaram de características [+orais], com tendência a [-monitoração], enquanto o contexto de [+letramento], com tendência a [+monitoração], foi categórico para a ocorrência da forma padrão, com total ausência para a variante não padrão cortadora. Sobre a porção [+central], houve um predomínio da forma padrão, com raros dados da variante não padrão cortadora. Soma-se aos resultados a ausência de variante copiadora em todas as porções. Os resultados sugerem (i) alto controle no uso das estratégias de relativização na escrita jornalística, no entanto, com espaço para a variação em determinados contextos sociocomunicativos; (ii) a produtividade do continuum oralidade-letramento para a descrição de usos das variedades cultas. Espera-se que este e trabalhos futuros possam contribuir com a ampliação do repertório linguístico do falante a partir de orientações normativas que acomodem flexibilidade e variação na(s) norma(s) de referência(s). |
Palavras-chave: | Língua portuguesa Gêneros textuais Estratégias relativização |
Assunto CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUA PORTUGUESA |
Unidade produtora: | Faculdade de Letras |
Editora: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Data de publicação: | 2023 |
País de publicação: | Brasil |
Idioma da publicação: | por |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | Letras - Literaturas |
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