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http://hdl.handle.net/11422/24680
Tipo: | Trabalho de conclusão de graduação |
Título: | Descrição e abordagem construcional das formações X-mania no português brasileiro |
Autor(es)/Inventor(es): | Mendonça Junior, Luciano Vieira |
Orientador: | Gonçalves, Carlos Alexandre Victorio |
Resumo: | Esta monografia intenciona descrever o formativo -mania desde a sua origem na língua grega, sua incorporação ao vocabulário português no século XVIII e seu atual comportamento na variedade brasileira, debatendo o caráter neoclássico com que entrou no português, a expansão de seu significado e a evolução de seu estatuto morfológico. Os dicionários etimológicos postulam que o radical “mania” se originou no grego antigo significando “loucura” e, ainda nessa língua, palavras compostas com esse radical à direita foram criadas, como “equinomania”, “erotomania” e “ninfomania”. Em seguida, movidas pelo Renascimento, as línguas que produziam ciência na Europa no século XVIII se valeram de radicais greco-latinos (p. ex., -mania, -terapia, aero-, agro-) para nomear itens lexicais próprios a um vocabulário técnico-científico. No caso de -mania, a Psiquiatria tomou esse radical grego para nomear um distúrbio mental próximo à loucura. Com o avanço dos séculos, percebe-se que o radical "mania” e seu formativo tiveram sua semântica expandida, significando hoje também uma espécie de “hábito”, “costume”, “cacoete”, “cisma” ou “paixão”. A partir de um corpus com 200 formações antigas e recentes com “-mania” à direita da palavra complexa, comprovou-se que a expansão semântica desse radical provocou mudanças de caráter morfofonológico e sintático significativas para a evolução de seu estatuto morfológico. Assim, se torna um equívoco manter o radical mania e seu formativo somente na categoria da composição neoclássica, devendo-se também admitir que esse elemento possui características de derivação. Na esteira de Gonçalves (2016), tencionou-se, também, esquematizar um padrão de análise construcional para as formações X-mania no português brasileiro, em que a primeira fase desse formativo do português é o pareamento <[X -o-[mania]S]S j ↔ [loucura]j>, exclusivo à sua forma neoclássica. Atualmente, a partir das novas acepções de “mania”, esse padrão se desenvolve em <[[X]i [mania]]S j ↔ [compulsão por SEMi]j. |
Palavras-chave: | Língua portuguesa Morfologia (Linguística) |
Assunto CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUA PORTUGUESA CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA |
Unidade produtora: | Faculdade de Letras |
Editora: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Data de publicação: | 16-Dez-2024 |
País de publicação: | Brasil |
Idioma da publicação: | por |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | Letras - Inglês |
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