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http://hdl.handle.net/11422/27369
| Especie: | Trabalho de conclusão de graduação |
| Título : | Saúde sexual e reprodutiva de mulheres lésbicas: uma reflexão crítica das políticas públicas de saúde do Brasil |
| Autor(es)/Inventor(es): | Stum, Yasmim Santos |
| Tutor: | Alzuguir, Fernanda de Carvalho Vecchi |
| Resumen: | Este trabalho analisa criticamente o conteúdo de políticas públicas e documentos oficiais voltados, direta ou indiretamente, à saúde sexual e reprodutiva de mulheres cisgêneras lésbicas, com o objetivo de identificar avanços, lacunas e desafios presentes na formulação e implementação dessas políticas. Utiliza-se uma abordagem qualitativa e documental, a partir da leitura crítica de normativas, campanhas, planos operativos e materiais educativos do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Saúde. Os resultados evidenciam que, apesar de marcos normativos que reconhecem a diversidade sexual, as mulheres lésbicas ainda enfrentam invisibilidade institucional e barreiras estruturais ao cuidado integral. Grande parte dos documentos mencionam genericamente as mulheres lésbicas, além disso, a análise das categorias abordagem da população, saúde sexual e reprodutiva, gênero e sexualidade, dados e monitoramento e desafios institucionais demonstra o caráter indireto das ações que contemplam o grupo. Documentos como o livreto Atenção Integral à Saúde de Mulheres Lésbicas e Bissexuais (2014) e a campanha Cuidar bem da saúde de todas (2015) rompem com o padrão de omissão ao nomear diretamente esse grupo, propondo orientações clínicas e comunicacionais mais adequadas; contudo, sua fragilidade normativa e a ausência de institucionalização revelam descontinuidade e dependência de contextos políticos favoráveis. Outro achado central diz respeito ao déficit de dados sistematizados sobre orientação sexual e identidade de gênero, o que compromete o planejamento baseado em evidências e perpetua a invisibilidade estatística das mulheres lésbicas no SUS. A escassez de protocolos clínicos específicos, o despreparo profissional e o silêncio em torno da saúde reprodutiva — especialmente sobre parentalidade lésbica e reprodução assistida — refletem um modelo hegemônico, heteronormativo e reprodutivista. A distinção entre universalidade e equidade no cuidado em saúde emerge como questão transversal ao longo do estudo, evidenciando que políticas universais, quando não articuladas a ações afirmativas, reforçam assimetrias históricas. Conclui-se que, embora existam avanços simbólicos e normativos, persistem lacunas relevantes, sendo necessário fortalecer políticas públicas que aliem vontade política, linguagem inclusiva, financiamento, produção de dados, formação crítica e controle social, garantindo o protagonismo das mulheres lésbicas nos espaços decisórios do SUS e efetivando seu direito à saúde com dignidade, autonomia e respeito à diversidade. |
| Materia: | Saúde sexual e reprodutiva Mulheres lésbicas Políticas públicas Saúde pública |
| Materia CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA |
| Unidade de producción: | Instituto de Estudos em Saúde Coletiva |
| Editor: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
| Fecha de publicación: | 29-ago-2025 |
| País de edición : | Brasil |
| Idioma de publicación: | por |
| Tipo de acceso : | Acesso Aberto |
| Citación : | STUM, Yasmim Santos. Saúde sexual e reprodutiva de mulheres lésbicas: uma reflexão crítica das políticas públicas de saúde do Brasil. 2025. 65 f. Monografia (Graduação em Saúde Coletiva) – Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2025. |
| Aparece en las colecciones: | Saúde Coletiva |
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