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Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: Cobertura da Estratégia Saúde da Família e casos de sífilis gestacional e congênita no município do Rio de Janeiro no período de 2009-2018
Autor(es)/Inventor(es): Santos, Gabriela Almeida Chaves dos
Orientador: Souza, Amanda de Moura
Resumo: A sífilis gestacional e congênita constituem-se um grande desafio para a saúde pública brasileira. Nos últimos anos o aumento das taxas de detecção de sífilis gestacional (SG) e de incidência de sífilis congênita (SC), indicam problemas de acesso e de qualidade do pré-natal. A Estratégia Saúde da Família (ESF) é uma das principais portas de entrada da gestante no sistema de saúde, proporcionando um acompanhamento integral e longitudinal, desempenhando um papel importante para a redução dos casos de SG e SC. Objetivo: Analisar a associação entre a cobertura da ESF e as taxas de detecção de SG e de incidência SC no município do Rio de Janeiro (MRJ) no período de 2009 a 2018. Métodos: Estudo ecológico de série temporal com dados de notificações de sífilis gestacional e congênita ocorridas no município do Rio de Janeiro nos anos de 2009 a 2018, além de dados da cobertura ESF no mesmo município e período. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) e da plataforma e-Gestor. As correlações entre a cobertura ESF e as taxas de detecção SG e de incidência de SC foram estimadas por meio do coeficiente de correlação de Pearson. As análises dos dados foram realizadas no Microsoft Excel e no Software Livre R versão 4.0.2. Resultados: A taxa de detecção de SG aumentou ao longo dos períodos estudados, assim como a porcentagem de cobertura ESF, com exceção do ano de 2018. Quanto à taxa de incidência de SC, uma tendência de aumento foi observada entre os anos de 2009 a 2011, já em 2012 em diante, com exceção do ano de 2016, a taxa diminuiu no município. Mulheres jovens, pardas ou pretas e de baixa escolaridade possuem as maiores proporções de casos de SG. O perfil materno dos casos de SC foi semelhante. A maioria das mães dos casos de SC realizaram pré-natal (82,9%) e em 53,5% dos casos a gestante foi diagnosticada durante o pré-natal. Na maioria dos casos o parceiro não foi tratado (82,9%). Houve uma correlação forte entre a taxa de detecção de SG com o percentual da cobertura ESF (r = 0,96; p-valor = 0,01). Ao passo que uma correlação moderada, porém não estatisticamente significante foi encontrada entre a cobertura ESG e a taxa de incidência de SC (r = 0,53; p-valor = 0,11). Conclusão: A cobertura ESF teve grande impacto ao longo dos anos estudados nas taxas de detecção da SG no MRJ, indicando uma melhora no acesso, diagnóstico e notificação dos casos. No entanto, é necessário avançar na qualidade do pré-natal, pois apesar da taxa de incidência de SC ter diminuído, ainda está aquém da meta da OPAS, de 50 casos a cada 100 mil nascidos vivos.
Palavras-chave: Sífilis gestacional
Sífilis congênita
Atenção primária à saúde
Estratégia Saúde da Família
Assunto CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA
Unidade produtora: Instituto de Estudos em Saúde Coletiva
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 11-Ago-2021
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Citação: SANTOS, Gabriela Almeida Chaves dos. Cobertura da Estratégia Saúde da Família e casos de sífilis gestacional e congênita no município do Rio de Janeiro no período de 2009-2018. 2021. 44 f. Monografia (Graduação em Saúde Coletiva) – Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
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