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Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: Impacto de vesículas extracelulares em propriedades fenotípicas de Candida albicans
Autor(es)/Inventor(es): Marinho, Mariane Nogueira
Orientador: Nimrichter, Leonardo
Resumo: Candida albicans é um fungo polimórfico, capaz de assumir diferentes formas como levedura, pseudo-hifa, hifa verdadeira, clamidósporo e células GUT. Tanto leveduras quanto hifas podem ser encontradas durante a candidíase, e a conversão entre essas morfologias está associada ao desenvolvimento da infecção. Acredita-se que as leveduras sejam essenciais para sua disseminação via corrente sanguínea, enquanto as hifas atuam na invasão tecidual. Essa transição morfológica impacta a composição da parede celular e a infecção, sendo coordenada por fatores externos como pH, temperatura e disponibilidade de nutrientes. Dados do nosso laboratório sugerem que as vesículas extracelulares (VEs) produzidas por leveduras inibem a filamentação de C. albicans. Além disso, enzimas envolvidas com o remodelamento da parede celular se mostram enriquecidas nesses compartimentos. Em conjunto, esses dados sugerem que as VEs podem impactar a composição da parede celular em C. albicans. O presente projeto tem como objetivo avaliar possíveis alterações na composição da parede celular de C. albicans após a interação VEs-fungo em diferentes tempos. As VEs de C. albicans (cepa 90028 ATCC) foram obtidas após etapas de centrifugação e ultracentrifugação e quantificadas por dosagem de proteína e Análise de Rastreamento de Partículas (NTA), esse último apresentando populações de VEs com tamanhos variando entre 20 e 300 nm, mas com tamanho predominante próximo de 100 nm, tendo sido fornecido pela análise um diâmetro médio de 99 nm, valores condizentes com o que se tem descrito na literatura. O efeito direto das VEs foi investigado em tempos curtos de incubação (2 horas) na concentração de 300 μg/mL de proteína em PBS. O impacto a logo prazo (24 horas), relacionado a inibição da filamentação, também foi investigada. Para isso, os fungos foram tratados com as VEs (100 μg/mL) por 24 horas em indutor de diferenciação (Meio 199, pH 7). A presença e distribuição de quitina, oligômeros de quitina, manosídeos e de β-glucanas, foi investigada, respectivamente, utilizando Uvitex, WGA-Alexa 594, ConAFITC e a quimera Dectina-1-Fc. Embora a análise por microscopia de fluorescência não tenha revelado mudanças significativas na exposição dos componentes de parede em nenhuma das duas condições, os resultados de citometria de fluxo mostraram que o tratamento com VEs em tempos longos modifica a composição da parede celular, tendo sido evidenciados aumentos na exposição de β-glucana e aumentos ainda maiores no conteúdo de manose. Dessa forma, nossos resultados mostram que a interação em tempos longos entre C. albicans e suas VEs, é capaz de impactar de forma significativa a composição da parede celular fúngica.
Palavras-chave: Vesículas extracelulares
Candida albicans
Parede celular
Extracellular vesicles
Cell wall
Assunto CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA
Unidade produtora: Instituto de Microbiologia Paulo de Góes
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 7-Mar-2022
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Citação: MARINHO, M. N. (2022). Impacto de vesículas extracelulares em propriedades fenotípicas de Candida albicans [Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional Pantheon.
Aparece nas coleções:Ciências Biológicas - Microbiologia e Imunologia

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