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http://hdl.handle.net/11422/10133
Tipo: | Dissertação |
Título: | Imagens da pré-história: as mãos na pintura rupestre no alto sertão baiano |
Autor(es)/Inventor(es): | Rabello, Angela Maria Camardella |
Orientador: | Beltrão, Maria da Conceição de Moraes Coutinho |
Resumo: | O objetivo desta dissertação é examinar a pintura rupestre como linguagem e, portanto, uma forma social de comunicação e de significação, no contexto de culturas ágrafas pré-históricas que habitaram o alto sertão baiano. Trata-se de uma pesquisa no âmbito da antropologia da arte em que se busca uma explicação para a cultura a partir da observação do fenômeno estético. Como arqueóloga do Museu Nacional, uma das unidades da Universidade Federal do Rio de Janeiro, integro, desde o ano de 1983, a equipe do projeto Central, sob a orientação da Profª Titular Maria da Conceição Beltrão, dedicando atenção especial aos registros de mãos no universo de sinalações rupestres. As noções de “fato social total” (Marcel Mauss), “ciência do concreto” (Claude Lévi- Strauss) e “simbolismo gráfico” (André Leroi-Gourhan), constituem os princípios teóricos que norteiam o trabalho. O recorte seletivo abrange os sítios arqueológicos conhecidos pela população local como “tocas” do Chico Eduardo, Búzios, Dois Irmãos e do Riachão; a grota do Pequeno e o canyon do Riacho Largo, todos situados na vertente noroeste da chapada Diamantina, em meio à caatinga, vegetação típica do sertão nordestino. A monografia inclui, ainda, uma revisão de textos sobre a pré-história da Bahia escritos por Theodoro Sampaio, Carlos Ott, Valentin Calderón, Pedro Ignacio Schmitz e Maria Beltrão. Apresento um quadro demonstrativo de “tradições” e “estilos” para as pinturas rupestres na Bahia, estabelecendo correlações com outros estados brasileiros. O processo de povoamento e deslocamento geográfico imposto aos povos indígenas da Bahia pode ser observado nos mapas em que localizei os assentamentos pré-históricos, os grupos indígenas no período séc. XVI/XIX e as terras indígenas contemporâneas. Na busca por uma teoria da imagem encontrei, na semiótica ditada por Charles Sanders Peirce, um modelo para investigar a dinâmica do signo - “mão na pedra”- sobre a mente do intérprete, a cultura pretérita. No exercício da “imaginação arqueológica” (Luiz Felipe Flores), apresento uma versão para a cultura produtora da ‘mão na pedra’ incorporando, às informações advindas da leitura semiótica, dados arqueológicos e etnográficos. |
Resumo: | This thesis considers rock painting as a language and thus a form of social communication and signification in the context of the pre-writing cultures that inhabited the high sertão of Bahia State, in Brazil. It describes a study in the anthropology of art seeking to explain culture on the basis of esthetic phenomena. Since 1983, as an archeologist with the National Museum (a unit of Rio de Janeiro Federal University) and member of the team of Project Central under the orientation of Professor Maria da Conceição Beltrão, I have given especial attention to records of hands in the universe of rock signs. The notions of "total social fact" (Marcel Mauss), "science of the concrete" (Claude Lévi-Strauss) and "graphic symbolism" (André Leroi-Gourhan) constitute the theoretical principles underpinning this study. The sample comprises the Chico Eduardo, Búzios, Dois Irmãos and do Riachão archeological sites, known locally as "tocas” (caves), plus the Pequeno cave and Riacho Largo canyon, all located in the northeastern slopes of the Chapada Diamantina uplands. The local vegetation, typical of the semi-arid northeast sertão, is caating scrub. The monograph also includes a review of texts on the prehistory of Bahia State written by Theodoro Sampaio, Carlos Ott, Valentin Calderón, Pedro Ignacio Schmitz and Maria Beltrão. I offer a descriptive table of "traditions" and “styles" of rock paintings in Bahia and establish correlations with other states in Brazil. The processes of the settlement and geographical displacement of Bahia’s indigenous peoples are illustrated on maps also showing the prehistoric settlements, indigenous groups from the 16th to the 19th century and the territories of contemporary indigenous groups. In seeking a theory of images, I found in the semiotics of Charles Sanders Peirce a model for investigating the dynamics of the effect of "hand-on-stone" signs on the mind of the interpreter (the past culture). Bringing an "archeological imagination" (Luiz Felipe Flores) to bear, to interpretation that I offer for the culture that produced the “hand-on-stone" incorporates information obtained by a semiotics-based analysis, as well as archeological and ethnographic data. |
Palavras-chave: | Antropologia da arte Pintura rupestre Bahia |
Assunto CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::FUNDAMENTOS E CRITICA DAS ARTES |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais |
Unidade produtora: | Escola de Belas Artes |
Editora: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Data de publicação: | Mai-1997 |
País de publicação: | Brasil |
Idioma da publicação: | por |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | Artes Visuais |
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