Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11422/14413
Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: Crítica espistolar: os desafios da tradução em Flaubert
Autor(es)/Inventor(es): Oliveira, Rafael Silva de
Orientador: Silva, Edson Rosa da
Resumo: Neste trabalho trataremos um pouco da experiência pessoal enquanto pesquisador e estudante do curso de Letras (Português - Francês). De início, foi realizada a tradução de cinco cartas que Flaubert escreveu a sua amante, Louise Colet, nas quais tece comentários sobre o livro que estava escrevendo, Madame Bovary, e explicita sua concepção artística ideal. Utilizando essas cartas, estabeleceram-se reflexões sobre a tradução e discutiram-se também os problemas concernentes a essa tarefa tão complexa. À luz de tradutólogos importantes como Antoine Berman, George Mounin e George Steiner, foi possível construir argumentos para sustentar este texto. Tentei descrever os principais procedimentos de que me servi para me desvencilhar das dificuldades advindas desta prática. Portanto, organizaram-se, em quatro grupos diferentes e segundo suas características, exemplos de obstáculos relativos ao ato tradutório. Assim, há um corpus em que o obstáculo para a tradução são os trechos metafóricos, traço comum do escritor que se ocupa da literatura, um outro que reúne os entraves causados por uma utilização particular da gramática, há também a categoria que compreende as frases compostas por expressões arcaicas e, por fim, há um grupo que engloba frases cujo contexto é obscuro, o que torna o trabalho do tradutor muito complicado. Além disso, este estudo nos permitiu refletir sobre o estilo da escrita deste autor, seja no gênero epistolar, seja em sua obra literária em geral. Houve uma tentativa de colocar em destaque a importância da interpretação, e mostrar que ela contribui para a performance do tradutor. Com relação ao valor dessas mensagens, pode-se observar a presença, ao mesmo tempo, de verdadeiros conceitos artísticos e informações banais sobre a vida cotidiana. O mesmo acontece para a forma, Flaubert redige as cartas em certos momentos de maneira erudita, enquanto que em outras circunstâncias ele recorre às expressões populares. É por isso que se pode concluir que ele realiza, em suas correspondências com Louise Colet (1851-1855), pelo menos naquelas que analisamos, um exercício de erudição popular, porque ao mesmo tempo em que ele dispõe do modo de expressão ensaístico, afim de exprimir suas teorias e visão de mundo, ele emprega também termos familiares do século XIX.
Palavras-chave: Tradução
Flaubert, Gustave
Colet, Louise
Critica literária
Epistolografia
Assunto CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURAS ESTRANGEIRAS MODERNA
Unidade produtora: Faculdade de Letras
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 2020
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:Letras - Francês

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