Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11422/17915
Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: Comparação do potencial de virulência de amostras de Streptococcus dysgalactiae subsp. equisimilis pertencentes ao mesmo clone e sequence type isoladas de hospedeiro humano e equino
Autor(es)/Inventor(es): Amorim, Thaís Tavares de
Orientador: Carvalho, Bernadete Teixeira Ferreira
Coorientador: Santos, Victor Lima dos
Resumo: Dentre os estreptococos do grupo C (EGC) a espécie inicialmente classificada como S. equisimilis foi dividida em duas subespécies, S. dysgalactiae subsp. equisimilis (SDSE; beta-hemolítica e causadora de infecções em humanos) e S. dysgalactiae subsp. dysgalactiae (alfa-hemolítica e causadora de infecções em outros animais). Em estudo anterior realizado pelo nosso grupo 115 amostras de SDSE foram analisadas e dois clones prevalentes detectados (A e B). Entre as amostras pertencentes ao clone B (B2), três foram isoladas de equinos e apresentavam o mesmo perfil de PFGE e ST (ST129) idênticos a duas amostras isoladas de humanos, demonstrando pela primeira vez na literatura, uma relação zoonótica na espécie SDSE. Este trabalho teve por objetivo avaliar quatro dessas amostras de SDSE geneticamente relacionadas, isoladas de humanos (2) e equinos (2), através da investigação da resistência e de mecanismos de virulência envolvidos nos processos de aderência, invasão, produção de biofilme, de fatores de virulência e sobrevivência frente a C. elegans, buscando entender sua adaptação aos dois hospedeiros. Todas as amostras apresentaram o mesmo perfil de susceptibilidade, sendo sensíveis a penicilina e clindamicina, mas resistentes a eritromicina e, devido a isso, foram caracterizadas como fenótipo M. Ademais, todas as amostras apresentavam o gene mef e duas (uma oriunda de humano e outra de equino), o gene ermA. Todas as amostras apresentavam importantes fatores de virulência, sendo constatada a presença dos seguintes genes: emm, brpA, fbp, gapA, hyl, inlA, lmb, sagA, scpB, ska, slo e spegG. Em contrapartida, não foram detectados os genes: spdI, speC, speK, speL e speM. Adicionalmente, o gene de uma subunidade do pilus não foi detectado em apenas uma amostra, 84-030 (isolada de equino). Foi avaliada a aptidão das cepas em formar biofilme em superfície de vidro, onde 81-681 (isolada de humano) e 83-060 (isolada de equino) foram classificadas como não produtoras. As demais, como produtoras de biofilme fraco. Duas amostras de cada hospedeiro foram escolhidas ao acaso para avaliação da capacidade de adesão e invasão às células brônquicas humanas (16HBE14o-). A amostra isolada de humano (81-681), única que demonstrou capacidade de invasão, apresentou uma capacidade de adesão 31x maior que a de equino (84-030). A sobrevivência de C. elegans na ausência ou presença de NAC e BSO foram testadas frente as quatro amostras de SDSE e as alterações morfológicas em apenas duas (81-681 e 84-030). Todas foram capazes de matar os nematoides, porém as isoladas de humanos demonstraram maior virulência por promoverem menor percentual de sobrevivência e alterações morfológicas mais significativas. As mesmas amostras selecionadas para o estudo da morfologia celular foram utilizadas nos estudos de preferência olfativa. Em todas as situações em que a amostra controle (E. coli OP50) esteve presente os nematoides optaram por ela. Quando as opções eram as cepas de SDSE isolada de humano e a de equino, cerca de 99% dos animais optaram por nenhuma delas e, aproximadamente, 1% escolheu a cepa proveniente de equino, demonstrando que ambas as amostras eram virulentas, porém a de humano se destacava. Por fim, amostras de SDSE das diferentes origens se mostraram aptos a causar infecções em ambos os hospedeiros. No entanto, as isoladas de humanos demonstraram maior potencial de patogenicidade em vários dos aspectos analisados. Entretanto, outros estudos são necessários para melhor entender o potencial patogênico destas amostras e a sua evolução para se adaptar aos dois hospedeiros.
Palavras-chave: Cavalos
Zoonoses
Virulência
Caenorhabditis elegans
Horses
Virulence
Assunto CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA
Unidade produtora: Instituto de Microbiologia Paulo de Góes
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 24-Mai-2021
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Citação: AMORIM, T. T. de. (2021). Comparação do potencial de virulência de amostras de Streptococcus dysgalactiae subsp. equisimilis pertencentes ao mesmo clone e sequence type isoladas de hospedeiro humano e equino [Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional Pantheon.
Aparece nas coleções:Ciências Biológicas - Microbiologia e Imunologia

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