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http://hdl.handle.net/11422/18901
Tipo: | Trabalho de conclusão de graduação |
Título: | Tratamento biológico de efluente de indústria de pescado fresco |
Autor(es)/Inventor(es): | Alexandre, Verônica Marinho Fontes |
Orientador: | Cammarota, Magali Christe |
Resumo: | A indústria pesqueira vem crescendo muito ao longo dos anos devido à elevada demanda por seus produtos. Entretanto, é uma indústria que gera elevada quantidade de resíduos. Boa parte dos resíduos sólidos já é utilizada como matéria-prima em outras indústrias, como por exemplo, na produção de farinha de peixe. O problema maior está na elevada quantidade e variabilidade dos efluentes líquidos gerados. O tipo de processamento, a espécie processada e até mesmo a época do ano influenciam nas características do efluente gerado. Apesar do lado negativo do processamento de pescado, uma das vantagens é que o efluente apresenta elevada quantidade de matéria orgânica biodegradável, podendo-se utilizar tratamentos biológicos ao invés de físico-químicos, que são mais caros e acabam gerando lodos de difícil descarte e tratamento. No entanto, o tratamento biológico, apesar de mais econômico, pode ser prejudicado pela gordura presente no efluente. O efluente e a gordura utilizados neste estudo são provenientes de uma indústria de pescado fresco situada no município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Sua estação de tratamento de efluentes utiliza apenas tratamento físico-químico (que compreende unidades de gradeamento, peneiramento, equalização, flotação e oxidação com cloro) e tem seu espaço físico limitado. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi estudar o tratamento biológico aeróbio e anaeróbio (em bateladas seqüenciais de 24 horas e 15 dias, respectivamente) para posterior proposta de alteração na estação. A concentração de O&G no efluente da indústria em questão se mantém na faixa de 200 mg/L, porém foram realizados choques de gordura para se avaliar a estabilidade dos sistemas aeróbio e anaeróbio de tratamento. Os resultados obtidos foram bastante promissores. O tratamento aeróbio garantiu uma remoção de DQO de até 97% após a adaptação da biomassa aos constituintes do efluente e da gordura. Houve uma pequena perda de eficiência após a realização de choques quinzenais de gordura (1500 mg O&G/L), entretanto não houve prejuízo da sedimentabilidade do lodo, e também não houve acúmulo de gordura no leito do lodo, indicando elevada capacidade de degradação da gordura. O tratamento anaeróbio apresentou remoção de DQO de até 90% e teor de metano no biogás em torno de 70%. Quanto maior o teor de gordura, maior a produção de biogás observada. A taxa máxima de produção de biogás aumentou da 1ª para a 2ª batelada, havendo um decréscimo na 3ª devido ao acúmulo de gordura. Ao se avaliar choques de gordura (1500 mg O&G/L) no tratamento anaeróbio, observou-se queda acentuada de eficiência (remoção de DQO e volume e taxa máxima de produção de biogás) e acúmulo de gordura no leito do lodo. Mesmo com a inibição do metabolismo devido ao elevado teor de gordura, o efluente ao final da batelada atendia aos padrões de descarte. Os experimentos comprovaram a viabilidade do tratamento biológico, especialmente do aeróbio, mesmo mediante choques de gordura. Se implementado na indústria, mantendo-se o sistema de flotação, a redução de custos pode chegar a quase R$ 5.000/mês. Caso seja escolhido o tratamento aeróbio sem a etapa de flotação da gordura, visto que os tratamentos biológicos tiveram boas respostas com o teor de 200 mg O&G/L, essa redução pode chegar até R$ 15.000/mês. |
Palavras-chave: | Tratamento de efluentes Indústria de pescado |
Assunto CNPq: | CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA::TRATAMENTO DE AGUAS DE ABASTECIMENTO E RESIDUARIAS::ESTUDOS E CARACTERIZACAO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS |
Unidade produtora: | Escola de Química |
Editora: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Data de publicação: | Out-2010 |
País de publicação: | Brasil |
Idioma da publicação: | por |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | Engenharia Química |
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