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dc.contributor.authorFigueiredo, Monica-
dc.date.accessioned2022-11-30T12:40:05Z-
dc.date.available2023-12-21T03:09:38Z-
dc.date.issued2022-11-
dc.identifier.citationFIGUEIREDO, Monica. A danação do olhar, ou, O realismo do engano em Eça de Queirós. Rio de Janeiro, RJ: Ed. UFRJ, 2022. E-bookpt_BR
dc.identifier.isbn9786588388150pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11422/19252-
dc.description.abstractUnavailable.en
dc.description.sponsorshipFUJBpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherEditora UFRJpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectQueirós, Eça de, 1845-1900pt_BR
dc.subjectCrítica e interpretaçãopt_BR
dc.subjectRealismo na literaturapt_BR
dc.subjectCriticism and interpretationen
dc.subjectRealism in literatureen
dc.titleA danação do olhar, ou, O realismo do engano em Eça de Queirozpt_BR
dc.typeLivropt_BR
dc.description.resumoEste livro é um passeio inteligente pela obra de Eça de Queirós. Observa como o autor se refere as suas mulheres resistentes, os seus frágeis heróis “sem nenhum caráter”, os seus temas de escândalo salutar – adultério, celibato, incesto –, elementos que fizeram dele um autor lido com avidez e relido – por vezes com grande acerto – por autores nossos contemporâneos que confessam sua dívida com a tradição. Aborda a dificuldade de falar de autores realistas em tempos de modernidade tardia. Pode parecer em desuso o gosto de narrar, de construir heróis, de ancorar-se no tempo e na história porque, mesmo que a escrita realista promova a denúncia dos estigmas sociais da letargia, da rotina, das frivolidades e da desesperança que o tempo e o espaço metaforizam à merveille – “a pasmaceira tristonha”, a “lentidão das horas”, “o repouso dormente”, “a sussurração lenta da cidade preguiçosa” –; mesmo que ela corroa de ironia – quando não de verdadeiro sarcasmo – os fundamentos da sociedade que lhe fornece o enquadramento para seus romances, ainda assim ela é utópica, e o nosso tempo presente parece desacreditar das utopias. A literatura realista é utópica, não porque suas histórias promovam a mudança dos males sociais ou a recuperação de uma ética supostamente falida. Ela é utópica, e possivelmente ainda mais, quando reverbera esses males, quando aponta miseravelmente para portas sem saída, porque mais do que oferecer modelos de desenlaces felizes, ela supostamente clama que o leitor não seja levado a compactuar com o modelo que se lhe apresenta, que ele desconfi e até das histórias de amor possivelmente verdadeiras, que ele revisite com olhos críticos não apenas um Dâmaso, um Basílio, um Conselheiro Acácio, um padre Amaro, mas desconfi e também dos personagens aparentemente íntegros – o aristocrata generoso e positivista Afonso da Maia, que não escapa aos preconceitos de classe; o intelectual educadíssimo, mas frívolo, Carlos da Maia; o crítico exacerbado da mentalidade tacanha do Portugal de oitocentos, como João da Ega; um Ramires desejoso de resguardar em texto as glórias de um Portugal de tempos idos; e até um certo Jorge que afinal, demasiado tarde, teria tido a dignidade de perdoar o crime social do adultério da mulher – todos, enfim, incapazes de fazer girar de outro modo a roda da história, bem intencionados talvez, mas falidos todos. Esta obra é assim um convite à leitura dos romances de Eça de Queirós feito por alguém que sabe ler inteligentemente a epígrafe de Stendhal em que ele define o romance (realista) como um espelho que o autor faz mover ao longo do caminho.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentEditora UFRJpt_BR
dc.publisher.initialsEd.UFRJpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRASpt_BR
dc.embargo.termsabertopt_BR
Appears in Collections:Linguística, Letras e Artes

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