Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11422/19683
Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: Características sociodemográficas e clínico epidemiológicas dos casos notificados de tuberculose drogarresistente segundo raça ou cor, Brasil e regiões, 2013 – 2018
Autor(es)/Inventor(es): Salva, Gregório Alexandre Llado
Orientador: Paiva, Natália Santana
Coorientador: Viana, Paulo Victor de Sousa
Resumo: Introdução: A tuberculose (TB) é um dos principais problemas de saúde no Brasil, tendo se agravado após o surgimento de cepas resistentes aos principais medicamentos utilizados no tratamento da doença, se tornando, assim, em um grande desafio para seu controle, principalmente sob a perspectiva do impacto da tuberculose drogarresistente (TBDR) nas populações mais vulneráveis. Objetivo: Descrever as características epidemiológicas da TBDR no Brasil, segundo raça/cor e macrorregiões, no período de 2013-2018. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, que teve como fonte de dados os casos notificados no Sistema de Informação de Tratamentos Especiais da Tuberculose (SITE-TB). As variáveis sociodemográficas (sexo, faixa etária, escolaridade, macrorregião) e clínico epidemiológicas (ano de início de tratamento, tipo de entrada, padrão de resistência inicial, forma clínica, tipo de resistência, quantidade de tratamentos anteriores, tipo pulmonar, doenças e agravos associados e situação de encerramento) dos casos de TBDR foram caracterizadas, a partir de frequências absolutas e relativas, segundo raça/cor para Brasil e regiões, bem como a análise da situação do encerramento do tratamento. Foram calculadas as Taxas de Incidência (TI) de TBDR por 100.000 habitantes para o Brasil e suas regiões por raça/cor. A manipulação dos dados e a construção das tabelas, gráficos, estimativas populacionais e TI foram realizados a partir da linguagem R (versão 4.0.4). Resultados: Um total de 7.116 casos de TBDR foram analisados no Brasil (2013-2018), sendo 39,9% na região Sudeste. A raça/cor parda predominou (47,8%). De um modo geral, a maioria dos pacientes eram do sexo masculino e de 20 a 44 anos de idade em todas as categorias de raça/cor. Quanto à escolaridade, observou-se que os indígenas apresentaram o maior percentual de analfabetismo. Em relação ao padrão de resistência, observou-se predomínio de casos multirresistentes em todas as categorias de raça/cor. Sobre o tipo de resistência, houve predominância da resistência adquirida, com exceção da indígena (primária). No que diz respeito aos desfechos, no Brasil, os pretos tiveram as menores proporções de sucesso terapêutico (50,8%) e maiores proporções de abandono (30,6%), além de apresentarem uma maior proporção de óbito por TBDR (7,6%). A incidência de TBDR no Brasil foi de 0,43 casos/100.000 hab. e a região Norte apresentou a maior taxa dentre as regiões (0,68/100.000 hab.). Os pretos apresentaram a maior TI no Brasil (0,78 casos/100.000 hab.) e na região Sul (2,22 por 100.00 hab.) e Sudeste (1,70/100.00 hab.). Considerações finais: Nossos achados auxiliaram na compreensão das disparidades no adoecimento por TBDR, de acordo com a classificação étnica vigente no Brasil. Isto posto, acreditamos que as autoridades brasileiras devam desenvolver ações concretas considerando as diferenças existentes em cada grupo étnico presente na sociedade brasileira, e formulando estratégias efetivas voltadas para a especificidade das populações mais vulneráveis e de minoria étnica do país, abordando os determinantes sociais de saúde nestes grupos.
Palavras-chave: Tuberculose
Tuberculose resistente a drogas
Raça
Sistema de informação
Epidemiologia
Assunto CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::EPIDEMIOLOGIA
Unidade produtora: Instituto de Estudos em Saúde Coletiva
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 5-Ago-2022
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Citação: SALVA, Gregório Alexandre Llado. Características sociodemográficas e clínico epidemiológicas dos casos notificados de tuberculose drogarresistente segundo raça ou cor, Brasil e regiões, 2013 – 2018. 2022. 123 f. Monografia (Graduação em Saúde Coletiva) – Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
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