Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://hdl.handle.net/11422/19686
Tipo: | Trabalho de conclusão de graduação |
Título: | Perfil clínico-epidemiológico e tempos de espera entre o diagnóstico e tratamento de tumores infantis do sistema nervoso central: um estudo nacional baseado em hospitais |
Autor(es)/Inventor(es): | Espósito, Samara Velloso |
Orientador: | Bloch, Katia Vergetti |
Coorientador: | Cancela, Marianna de Camargo |
Resumo: | Os tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) são o grupo mais frequente de tumores sólidos na população pediátrica (0-19 anos), representando 26% de todas as neoplasias infantis, e são a causa mais comum de morte relacionada ao câncer nesta faixa etária. Crianças e adolescentes com câncer devem ser tratados em unidades habilitadas em oncopediatria, mas por diversos motivos esse tratamento pode não ocorrer neste tipo de unidade. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico e os tempos de espera entre o diagnóstico e o tratamento de pacientes pediátricos com câncer do Sistema Nervoso Central nas unidades habilitadas e não habilitadas para câncer infantojuvenil. Dados sobre tumores do SNC (Grupo de diagnóstico III, da Classificação Internacional do Câncer na Infância), durante 2010-2017, de indivíduos de 0 a 19 anos de idade foram extraídos do "Integrador RHC", um sistema que consolida nacionalmente os dados dos Registros Hospitalares de Câncer (RHC), provenientes de hospitais habilitados em oncologia. Analisou-se 5.281 casos de câncer do Sistema Nervoso Central. Variáveis sociodemográficas e clínicas foram incluídas no estudo para explorar as diferenças no tempo entre diagnóstico e tratamento. Todas as análises foram realizadas utilizando o software STATA 15. Os tumores do SNC foram mais comuns no sexo masculino (54,8%) do que no sexo feminino (45,2%). Crianças de 0 a 4 anos foram as mais afetadas (33,2%). O principal exame para o diagnóstico do tumor foi a histologia do tumor primário (73,3%), mas 97,4% dos casos foram classificados como neoplasia intracraniana e intraespinhal não especificada. O tempo entre o diagnóstico e o tratamento foi maior nos hospitais não habilitados (29 dias), do que nos habilitados em oncopediatria (17 dias). A mediana até o tratamento entre os não brancos foi 23 dias comparando com 16,5 dias entre os pacientes brancos. Enquanto o tempo entre diagnóstico e tratamento diminuiu de 20 para 14 dias nos hospitais habilitados, teve-se um aumento de 28 para 36 dias nos não habilitados. Apesar do estudo reconhecer o cumprimento da “lei dos 60 dias” nas unidades hospitalares, ainda assim encontrou-se diferenças quanto à cor da pele, acreditação hospitalar e intervalo até o tratamento que devem ser discutidas na intenção do progresso do Sistema Único de Saúde no atendimento ao paciente oncológico pediátrico. O estudo destaca a necessidade de garantir o acesso equitativo dentro do Sistema de Saúde brasileiro. |
Palavras-chave: | Câncer infantojuvenil Sistema nervoso central Hospitais Oncologia pediátrica Epidemiologia |
Assunto CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::EPIDEMIOLOGIA |
Unidade produtora: | Instituto de Estudos em Saúde Coletiva |
Editora: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Data de publicação: | 9-Jan-2023 |
País de publicação: | Brasil |
Idioma da publicação: | por |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Citação: | ESPÓSITO, Samara Velloso. Perfil clínico-epidemiológico e tempos de espera entre o diagnóstico e tratamento de tumores infantis do sistema nervoso central: um estudo nacional baseado em hospitais. 2023. 39 f. Monografia (Graduação em Saúde Coletiva) – Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023. |
Aparece nas coleções: | Saúde Coletiva |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
SVEsposito.pdf | 182.71 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.