Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11422/22009
Tipo: Trabalho de conclusão de graduação
Título: Resistência aos antimicrobianos em amostras de Enterococcus isoladas de pacientes hospitalizados no município de Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo
Autor(es)/Inventor(es): Coelho, Marcelle Carolina Caetano
Orientador: Teixeira, Lucia Martins
Coorientador: Miranda, Maicon Marvila
Resumo: Algumas espécies pertencentes ao gênero Enterococcus têm se destacado entre os mais importantes patógenos oportunistas da atualidade. Com a finalidade de entender as características associadas a amostras de origem hospitalar, o presente estudo avaliou características fenotípicas e genotípicas de resistência aos antimicrobianos em amostras de Enterococcus isoladas de pacientes hospitalizados em instituições localizadas no município de Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo, no período que compreendeu os meses de outubro de 2017 a janeiro de 2020. Foram isoladas 152 amostras provenientes de duas instituições hospitalares e denominadas de HE e SA, das quais 62 (41%) foram obtidas no hospital HE e 90 (59%) no hospital SA. A identificação bacteriana foi realizada pelo método de MALDI TOF e as espécies predominantes foram Enterococcus faecalis (130 amostras, 85,6%) e Enterococcus faecium (18 amostras, 11,8%). Outras espécies também foram observadas: Enterococcus avium (2 amostras, 1,4%), Enterococcus gallinarum e Enterococcus hirae, ambas representadas por uma amostra (0,6%). Em relação às fontes de isolamento, as mais frequentes foram: urina [61 (40,1%)], swab retal [31 (20,3%)] e sangue [27 (17,7%)]. A susceptibilidade das amostras foi determinada para um painel de 18 antimicrobianos, e utilizada para estimar a frequência e os perfis de multirresistência, empregando o critério de nãosusceptibilidade a três ou mais classes de antimicrobianos. Foram observados os seguintes percentuais de resistência: ampicilina (11,8%), ciprofloxacina (46,1%), cloranfenicol (32,9%), eritromicina (61,8%), estreptomicina (25%), gentamicina (34,9%), levofloxacina (46,1%), linezolida (2%), nitrofurantoína (12,5%), norfloxacina (46,7%), penicilina (25,7%), quinupristina/dalfopristina (80,3%), rifampicina (27%), teicoplanina (33,6%), tetraciclina (67,8%), tigeciclina (0,7%) e vancomicina (35,5%). Todavia, variações nas taxas de resistência foram observadas nas duas espécies mais frequente, com taxas mais elevadas nas amostras de E. faecium, destacando-se a resistência aos betalactâmicos (ampicilina e penicilina), bem como taxas mais elevadas para os glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina), fluroquinolonas (ciprofloxacina, norfloxacina e levofloxacina) e aminoglicosídeos (gentamicina e estreptomicina). Observou-se que 93 (61,2%) das amostras apresentaram multirresistência, sendo identificados 12 perfis em amostras de E. faecium e 42 em E. faecalis. A pesquisa de marcadores genéticos associados a resitências a níveis elevados de aminoglicosídeos: gentamicina e outros aminoglicosídeos (exceto estreptomicina) – aac(6’)-le-aph(2’)-la, aph(2”)-Ib, aph(2”)-Ic, aph(2”)-Id e aph(3’)IIIa; estreptomicina - ant(6’), ant(3')-la, ant(9’)-la, ant(9’)-lb; e glicopeptídeos: vanA, foi realizada por PCR. Observou-se a resistência a vancomicinaem em 52 amostras e todas apresentaram o gene vanA. A resistência a níveis elevados de gentamicina foi detectada em 54 amostras, associada à presença do gene aac(6’)-le-aph(2’)-la, e em 20,2% (n=11/54) à presença concomitante do gene aph(3’)IIIa, bem como à presença de ant(6’) em 86,8% das amostras (n=33/38).6 O cenário associado com as infecções pertencentes à assistência à saúde (IRAS) é uma circunstância predominante em instituições hospitalares brasileiras, já que proporciona a utilização de várias classes de antimicrobianos, fato que beneficia o evento de resistência microbiana, e esse evento é um sério problema de saúde pública em todo o mundo por ser responsável por milhões de mortes e altos custos para os sistemas de saúde. E para contornar esse problema emergente e a propagação desses microrganismos resistentes aos antimicrobianos, são utilizados métodos, como o monitoramento através de informações e dados epidemiológicos, de acordo com o perfil epidemiológico e o contexto regional. O presente estudo fornece dados sobre a ocorrência e distribuição de espécies bacteriana de Enterococcus em duas instituições hospitalares, assim como sobre as características fenotípicas e genotípicas de resistência aos antimicrobianos, indicando a frequência expressiva de amostras multirresistentes, incluindo VRE, e contribuindo com informações que podem servir de base para ações relacionadas à vigilância e tratamento de infecções enterocócicas.
Palavras-chave: Enterococcus
Resistência microbiana a medicamentos
Infecção hospitalar
Microbiologia
Aminoglicosídeos
Glicopeptídeos
Resistência a múltiplos medicamentos
Assunto CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA::MICROBIOLOGIA MEDICA
Unidade produtora: Campus Duque de Caxias Professor Geraldo Cidade
Editora: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Data de publicação: 21-Jun-2023
País de publicação: Brasil
Idioma da publicação: por
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Citação: COELHO, Marcelle Carolina Caetano. Resistência aos antimicrobianos em amostras de Enterococcus isoladas de pacientes hospitalizados no município de Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo. 2023. 61 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Ciências Biológicas: Biotecnologia) - Campus Duque de Caxias Professor Geraldo Cidade, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, 2023.
Aparece nas coleções:Ciências Biológicas - Biotecnologia

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