Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://hdl.handle.net/11422/22052
Tipo: | Trabalho de conclusão de graduação |
Título: | A idade chega para todo mundo: trajetórias de mulheres que envelhecem com HIV |
Autor(es)/Inventor(es): | Santos, Cristina Correia Mamouros |
Orientador: | Almeida, Guilherme |
Resumo: | Percorridos 40 anos da epidemia de HIV, esbarramos com o fato de que não só os anos passaram para a epidemia, mas também para aqueles/as que se infectaram e que hoje estão aprendendo a envelhecer com a doença, desde o momento em que um diagnóstico positivo de AIDS era uma sentença de morte até ser classificada como doença crônica. O preconceito e a discriminação ainda persistem na sociedade, trazendo consequências que dificultam o trabalho de prevenção, diagnóstico e tratamento. Ao longo das décadas, as mulheres se tornaram um grupo que teve um aumento substantivo do número de casos. Assim, não se pode fechar os olhos para a condição de vulnerabilidade das mulheres diante da epidemia de HIV. A presente pesquisa busca identificar quais as características e trajetórias de mulheres idosas que vivem com HIV há pelo menos duas décadas e que são acompanhadas pelo SAE/HESFA. A análise ocorre de diversos condicionantes, dentre eles os dados socioeconômicos e culturais, as percepções delas em relação ao diagnóstico, as condições de adesão ao tratamento, as relações familiares, a condição de desigualdade que vivenciam nas relações conjugais, as possíveis situações de discriminação e de violência institucional e as condições de acesso aos serviços de saúde. A partir disso, a construção da metodologia da pesquisa se baseou na abordagem quantitativa, qualitativa, análise documental dos prontuários e revisão bibliográfica. Os resultados da pesquisa foram apresentados e embasados por estudos de gênero, raça/cor e classe social. Visto isso, percebe-se como todos esses atravessamentos, oriundos de nossa formação social com traços patriarcais e escravistas, afetam diretamente o cotidiano dessas mulheres, especialmente das mulheres negras. As mulheres negras vivendo com HIV são as que mais sofrem na estratificação social, posicionam-se nos grupos que possuem a mais baixa escolaridade e renda, dificuldades de acesso à saúde e ao trabalho formal. As desigualdades nos acessos aos serviços tornam essas mulheres mais vulneráveis ao HIV. Dois aspectos podem ser destacados, um foi o acesso aos serviços de saúde após o diagnóstico e o outro é que as mulheres que possuíam alguma contribuição previdenciária tiveram acesso à aposentadoria ao envelhecerem. Assim, é notória a ausência do Estado no acolhimento dessas mulheres. |
Palavras-chave: | Envelhecimento HIV Idosas |
Assunto CNPq: | CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL |
Unidade produtora: | Escola de Serviço Social |
Editora: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Data de publicação: | 5-Ago-2022 |
País de publicação: | Brasil |
Idioma da publicação: | por |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Citação: | SANTOS, Cristina Correia Mamouros. A idade chega para todo mundo: trajetórias de mulheres que envelhecem com HIV. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) - Escola de Serviço Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022. |
Aparece nas coleções: | Serviço Social |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
CSantos.pdf | 996.79 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.