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http://hdl.handle.net/11422/22326
Tipo: | Trabalho de conclusão de graduação |
Título: | Formação de neologismo literário em autores lusófonos: uma análise na perspectiva não-lexicalista de gramática gerativa |
Autor(es)/Inventor(es): | Soares, Rafaela Fontes |
Orientador: | Pederneira, Isabella Lopes |
Resumo: | Nesta monografia, serão apresentados os mecanismos de formação de palavras novas em autores de literatura de língua portuguesa, com o propósito de esclarecer que os mesmos mecanismos utilizados na derivação de palavras regulares em língua portuguesa estão presentes nos neologismos literários. Serão apresentados neologismos presentes nas obras de Guimarães Rosa, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Mia Couto e Ondjaki e ainda mostraremos os mecanismos sintáticos existentes na criação de palavras, como brisear (ROSA, 1956); respeitabundos (ANDRADE, 2016); debralhar (ANDRADE, 1927); todaviar (COUTO, 2004); averdade (ONDJAKI, 2011) e desdigue (SALÚSTIO, 2002). Além de comparar as construções de cada autor, também serão expostas comparações de palavras complexas que não são consideradas neológicas, para que as operações sintáticas fiquem claras para a formação de palavras derivadas. O trabalho parte de uma abordagem não-lexicalista de gramática gerativa - a Morfologia Distribuída (MARANTZ, 1997), analisando os casos dos neologismos literários em português brasileiro, português angolano, moçambicano e cabo-verdiano. Essa vertente permite a valorização de operações sintáticas importantes para a construção de palavras, que são as mesmas que encontramos na formação de sentenças. A razão disso é que o esqueleto sintático é o ponto de partida para leituras fonológicas e semânticas e, portanto, aprender a vê-lo pode auxiliar a capacidade de dominar os mecanismos metalinguísticos de uma dada língua. Veremos que os resultados confirmam que o significado de palavras complexas é obtido por meio de dois mecanismos: (i) uma convenção negociada sobre a concatenação de raiz + peça vocabular categorizadora: arbitrariedade do signo; (ii) após a fixação da leitura convencionada, novos categorizadores podem ser juntados. Eles acrescentam instruções para cálculos semânticos que alteram de maneira regular e composicional o significado da palavra básica. Além desses dois mecanismos, serão destacadas também as formações de palavras idiomáticas, do qual o resultado semântico não é resultado da negociação regular das partes que as compõem. Portanto, os autores literários seguem exatamente este padrão da língua, porém, realizando mudanças nos usos das raízes e combinações de raízes e categorizadores. |
Palavras-chave: | Morfologia distribuída Morfologia (Linguística) |
Assunto CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUA PORTUGUESA |
Unidade produtora: | Faculdade de Letras |
Editora: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Data de publicação: | 2023 |
País de publicação: | Brasil |
Idioma da publicação: | por |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | Letras - Literaturas |
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