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http://hdl.handle.net/11422/27816
| Tipo: | Trabalho de conclusão de graduação |
| Título: | Sintaxe sublexical e composicionalidade semântica dos adjetivos em-nte do português brasileiro |
| Autor(es)/Inventor(es): | Junqueira, Letícia Paradela Diniz |
| Orientador: | Medeiros, Alessandro Boechat de |
| Resumo: | Os adjetivos em “-nte” do Português Brasileiro são derivados de bases verbais e raízes latinas. Os deverbais são formas ativas, pois os sintagmas nominais que modificam são interpretados como os sujeitos de seus verbos de origem. O sufixo forma adjetivos que podem ter uma leitura de propriedade, como (1) “João é um menino sorridente”, ou de evento em andamento, como (2) “João chegou sorridente”. A estrutura argumental do verbo de base parece influenciar na interpretação do adjetivo derivado, como aponta Duffield et. al. (2004) para o particípio presente do inglês, uma vez que predicados incoativos licenciam apenas a leitura de evento, enquanto os inergativos permitem ambas. Em (3) “água fervente”, a água não possui a propriedade de ferver, mas está passando pelo evento expresso pela estrutura verbal interna a “fervente”. Além disso, partindo da hipótese de que tais adjetivos possuem sintagmas verbais completos em suas estruturas - incluindo morfemas associados à interpretação e introdução de argumentos externos (Kratzer, 1996; Medeiros, 2010) - a impossibilidade da presença do argumento interno em casos como (4) *“o homem aterrorizante de mulheres” também é algo a ser investigado. Assim, o objetivo deste trabalho é descrever o comportamento do sufixo “- nte” e a influência dos diferentes contextos em que ele ocorre. Utilizando a arquitetura de gramática da Morfologia Distribuída (Halle; Marantz, 1993; Marantz, 1997) e as ferramentas lógico-matemáticas da Semântica Formal (Heim; Kratzer, 1998; Ferreira, 2019), propomos representações sintáticas e semânticas que explicam os dados coletados. Dessa maneira, buscamos contribuir para a análise e descrição do processo de formação de palavras morfologicamente complexas nas línguas naturais. Para isso, montamos um corpus através da consulta a dicionários online e realizamos dois testes de aceitabilidade com 40 e 46 falantes nativos do PB. Notamos, então, a baixa aceitabilidade da presença do argumento interno, a aceitabilidade de adjetivos com verbos de base transitivos/inergativos em ambas as leituras e a menor produtividade dos inacusativos/incoativos, os quais licenciam apenas a leitura de evento. Atribuímos as diferentes leituras às duas possibilidades aspectuais veiculadas pelo morfema Γ: genérico ou imperfectivo. ΓP, fruto da concatenação com a estrutura verbal, é tomado pelo adjetivizador realizado por /nt/. Quando o nó aspectual se concatena direto ao o vP, só é possível obter uma leitura de evento, já que não há sujeito a quem qualquer propriedade possa ser atribuída. Em relação ao problema do argumento interno não saturado nas estruturas transitivas, propomos que tal contexto desencadeia um alossema de v que quantifica a variável de entidade (ver Medeiros, 2024). |
| Palavras-chave: | Semântica Formação de palavras Morfologia Sufixação |
| Assunto CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS |
| Unidade produtora: | Faculdade de Letras |
| Editora: | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
| Data de publicação: | 30-Set-2025 |
| País de publicação: | Brasil |
| Idioma da publicação: | por |
| Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
| Aparece nas coleções: | Letras - Inglês |
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